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Arquivos Estante - Teatro Hoje https://teatrohoje.com.br/secao/estante/ Revista digital de Artes Cênicas Mon, 13 Jun 2022 15:04:48 +0000 pt-BR hourly 1 “A Vontade como Princípio da Ação – Centro de Demolição e Construção do Espetáculo”, de Antonio Carlos Bernardes https://teatrohoje.com.br/2022/05/17/a-vontade-como-principio-da-acao-centro-de-demolicao-e-construcao-do-espetaculo-de-antonio-carlos-bernardes/ Tue, 17 May 2022 09:54:24 +0000 https://teatrohoje.com.br/?p=102573 O leitor que se deparar numa livraria com este livro de Antonio Carlos Bernardes pode se assustar. O título lembra algo de Schopenhauer e não estará errado. Na verdade, ao contar a história do Centro de Demolição e Construção do Espetáculo, que atuou nos anos 90 no Rio de Janeiro sob a direção de Aderbal Freire-Filho, o autor flerta com a filosofia.   O coletivo de artistas que se engajaram nessa aventura tinha alguns princípios básicos: ocupar um espaço histórico para um programa integrado de teatro; desenvolver, num trabalho continuado, as pesquisas cênicas de um diretor brasileiro; valorizar o conhecimento científico da arte teatral através de estratégias prático-teóricas: ensaios abertos, oficinas, seminários, conferências; contribuir para o aprofundamento das discussões sobre a peste do teatro brasileiro, convidando artistas de teatro do Brasil para debates, conversas e discussões; convidar o teatro da América e de outros mundos para Copacabana.   Não deixa de ser um projeto filosófico no seguinte sentido: seu objetivo era o de revolucionar práticas e dogmas sedimentados na base cênica de montagem de espetáculos e discutir o passado, o presente e o futuro do teatro.   Começou em 1989, no Teatro Gláucio Gill, e terminou em 1994, no Teatro Carlos Gomes.   Aderbal conta a lenda de que Derrida saltou na Estação Cardeal Arcoverde do metrô, entrou no teatro e interrompeu o ensaio de A Mulher Carioca aos 22 Anos para dizer, rindo, que aquilo era pura desconstrução, uma desmontagem, um entendimento novo. Mas o diretor é bem mais comedido: entende o Centro como expressão do conceito simples de que o teatro constrói sobre ruínas, sobre demolições. Cada Hamlet é levantado toda noite sobre demolições de Shakespeare.   Ao longo de sua trajetória de seis anos, muitos artistas participaram ou foram convidados: Márcia Duvalle, Cláudio Marzo, Othon Bastos, Rogério Fróes, Domingos de Oliveira, Ana  Luísa Cardoso, Paula Feitosa, Carmen Frenzel, Leonardo Netto, Xando Graça, Gillray Coutinho, Caíque Ferreira, Dudu Sandroni, Chico Diaz, Orã Figueiredo, Thiago Justino, Lídia Kosovski, entre outros.   Quem pensa que Aderbal começou a reproduzir em cena romances na íntegra e não originais diretamente escritos para o teatro há pouco tempo está redondamente enganado. A estreia do Centro de Demolição em 1989 foi justamente com A Mulher Carioca de 22 Anos, um romance de João de Minas. A experimentação (mais ou menos) recente de O Púcaro Búlgaro, romance de Campos de Carvalho, é apenas a continuação natural dessa experiência.   O livro de Antonio Carlos Bernardes é ricamente ilustrado por fotos, maquetes, croquis e cartazes dos espetáculos encenados pelo Centro de Aderbal, com fichas técnicas e resenhas (nem sempre positivas) dos críticos da época.     A Vontade como Princípio da Ação — Centro de Demolição e Construção do Espetáculo, de Antonio Carlos Bernardes. Arte de Juliano Werneck e Orelha de Luís Artur Nunes. ACB Produções Artísticas, 2022.

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A Vontade como Princípio da Ação - Centro de Demolição e Construção do Espetáculo, de Antonio Carlos Bernardes

A Vontade como Princípio da Ação – Centro de Demolição e Construção do Espetáculo, de Antonio Carlos Bernardes. Imagem: Divulgação

O leitor que se deparar numa livraria com este livro de Antonio Carlos Bernardes pode se assustar. O título lembra algo de Schopenhauer e não estará errado. Na verdade, ao contar a história do Centro de Demolição e Construção do Espetáculo, que atuou nos anos 90 no Rio de Janeiro sob a direção de Aderbal Freire-Filho, o autor flerta com a filosofia.

 

O coletivo de artistas que se engajaram nessa aventura tinha alguns princípios básicos: ocupar um espaço histórico para um programa integrado de teatro; desenvolver, num trabalho continuado, as pesquisas cênicas de um diretor brasileiro; valorizar o conhecimento científico da arte teatral através de estratégias prático-teóricas: ensaios abertos, oficinas, seminários, conferências; contribuir para o aprofundamento das discussões sobre a peste do teatro brasileiro, convidando artistas de teatro do Brasil para debates, conversas e discussões; convidar o teatro da América e de outros mundos para Copacabana.

 

Não deixa de ser um projeto filosófico no seguinte sentido: seu objetivo era o de revolucionar práticas e dogmas sedimentados na base cênica de montagem de espetáculos e discutir o passado, o presente e o futuro do teatro.

 

Começou em 1989, no Teatro Gláucio Gill, e terminou em 1994, no Teatro Carlos Gomes.

 

Aderbal conta a lenda de que Derrida saltou na Estação Cardeal Arcoverde do metrô, entrou no teatro e interrompeu o ensaio de A Mulher Carioca aos 22 Anos para dizer, rindo, que aquilo era pura desconstrução, uma desmontagem, um entendimento novo. Mas o diretor é bem mais comedido: entende o Centro como expressão do conceito simples de que o teatro constrói sobre ruínas, sobre demolições. Cada Hamlet é levantado toda noite sobre demolições de Shakespeare.

 

Ao longo de sua trajetória de seis anos, muitos artistas participaram ou foram convidados: Márcia Duvalle, Cláudio Marzo, Othon Bastos, Rogério Fróes, Domingos de Oliveira, Ana  Luísa Cardoso, Paula Feitosa, Carmen Frenzel, Leonardo Netto, Xando Graça, Gillray Coutinho, Caíque Ferreira, Dudu Sandroni, Chico Diaz, Orã Figueiredo, Thiago Justino, Lídia Kosovski, entre outros.

 

Quem pensa que Aderbal começou a reproduzir em cena romances na íntegra e não originais diretamente escritos para o teatro há pouco tempo está redondamente enganado. A estreia do Centro de Demolição em 1989 foi justamente com A Mulher Carioca de 22 Anos, um romance de João de Minas. A experimentação (mais ou menos) recente de O Púcaro Búlgaro, romance de Campos de Carvalho, é apenas a continuação natural dessa experiência.

 

O livro de Antonio Carlos Bernardes é ricamente ilustrado por fotos, maquetes, croquis e cartazes dos espetáculos encenados pelo Centro de Aderbal, com fichas técnicas e resenhas (nem sempre positivas) dos críticos da época.

 

 

A Vontade como Princípio da Ação — Centro de Demolição e Construção do Espetáculo, de Antonio Carlos Bernardes. Arte de Juliano Werneck e Orelha de Luís Artur Nunes. ACB Produções Artísticas, 2022.

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A dramaturgia da luz, de Paulo César Medeiros https://teatrohoje.com.br/2021/11/16/a-dramaturgia-da-luz-de-paulo-cesar-medeiros/ Tue, 16 Nov 2021 18:20:31 +0000 https://teatrohoje.com.br/?p=99837 A importância da luz no Teatro O que seria do teatro sem a luz? Muitas pessoas já disseram que ela é um autêntico personagem na dramaturgia, pois enfatiza qualquer cena imaginada pelo autor. Os diálogos podem mudar de tom desde que iluminados com precisão, reafirmando e verticalizando a emoção, a informação ou a própria conscientização do que se vê em cena. Foi pensando nisso que Paulo César Medeiros, um dos maiores profissionais do segmento, escreveu o livro A dramaturgia da luz, uma bela edição de mais de 200 páginas, capa dura, todo ilustrado com fotos coloridas e em preto e branco de seus trabalhos. Tudo começou quando ele, ainda bem jovem, foi assistir a um show da cantora Maria Bethânia. Encantou-se com a presença cênica da luz. A direção e a iluminação envolvente eram de Fauzi Arap. A partir deste insight, Paulinho começou a criar a luz de seus trabalhos ainda como amador até que fez um curso, ainda nos anos 1980, com o iluminador Aurélio de Simoni, considerado um craque na área, e nunca mais parou. Hoje, aos 35 anos de carreira, com uma trajetória recheada de importantes prêmios e espetáculos de alto nível em teatro, dança, shows, musicais e até cinema, Paulo César Medeiros é um dos profissionais mais respeitados e requisitados no panorama cultural brasileiro. Todos sabem que o texto de uma peça de teatro é apenas o pontapé inicial para um trabalho coletivo. Também se sabe que os atores, o diretor, o coreógrafo, o figurinista e demais profissionais contribuem enormemente no sentido de montar um espetáculo, mas tudo isso estaria incompleto sem a luz, que equaliza e distribui em igual dimensão as ações. Com apenas um toque fundamental na luz, o ritmo da peça pode saltar dias, semanas ou até anos sem que o público se dê conta; pode modificar as feições e até o caráter de um personagem; pode aproximar ou afastar objetivos que até então estavam colocados de forma aleatória na trama. A luz atua como um personagem, às vezes coadjuvante, às vezes, principal. Paulo César Medeiros faz isso com um pé nas costas, pois enfronha-se no enredo e tenta tirar dele o que estava oculto, agindo na sensibilidade da plateia de forma simbiótica. Nos espetáculos onde atua, de uma maneira ou outra, ele codirige paralelamente. A presença cênica da luz não é uma figura de linguagem, é um fato. A dramaturgia da luz Paulo César Medeiros 205 páginas Capa dura Prefácio de Flávio Marinho Realização Instituto eté

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A importância da luz no Teatro

O que seria do teatro sem a luz? Muitas pessoas já disseram que ela é um autêntico personagem na dramaturgia, pois enfatiza qualquer cena imaginada pelo autor. Os diálogos podem mudar de tom desde que iluminados com precisão, reafirmando e verticalizando a emoção, a informação ou a própria conscientização do que se vê em cena.

Foi pensando nisso que Paulo César Medeiros, um dos maiores profissionais do segmento, escreveu o livro A dramaturgia da luz, uma bela edição de mais de 200 páginas, capa dura, todo ilustrado com fotos coloridas e em preto e branco de seus trabalhos.

Tudo começou quando ele, ainda bem jovem, foi assistir a um show da cantora Maria Bethânia. Encantou-se com a presença cênica da luz. A direção e a iluminação envolvente eram de Fauzi Arap. A partir deste insight, Paulinho começou a criar a luz de seus trabalhos ainda como amador até que fez um curso, ainda nos anos 1980, com o iluminador Aurélio de Simoni, considerado um craque na área, e nunca mais parou. Hoje, aos 35 anos de carreira, com uma trajetória recheada de importantes prêmios e espetáculos de alto nível em teatro, dança, shows, musicais e até cinema, Paulo César Medeiros é um dos profissionais mais respeitados e requisitados no panorama cultural brasileiro.

Todos sabem que o texto de uma peça de teatro é apenas o pontapé inicial para um trabalho coletivo. Também se sabe que os atores, o diretor, o coreógrafo, o figurinista e demais profissionais contribuem enormemente no sentido de montar um espetáculo, mas tudo isso estaria incompleto sem a luz, que equaliza e distribui em igual dimensão as ações.

Com apenas um toque fundamental na luz, o ritmo da peça pode saltar dias, semanas ou até anos sem que o público se dê conta; pode modificar as feições e até o caráter de um personagem; pode aproximar ou afastar objetivos que até então estavam colocados de forma aleatória na trama. A luz atua como um personagem, às vezes coadjuvante, às vezes, principal.

Paulo César Medeiros faz isso com um pé nas costas, pois enfronha-se no enredo e tenta tirar dele o que estava oculto, agindo na sensibilidade da plateia de forma simbiótica. Nos espetáculos onde atua, de uma maneira ou outra, ele codirige paralelamente. A presença cênica da luz não é uma figura de linguagem, é um fato.

A dramaturgia da luz

Paulo César Medeiros

205 páginas

Capa dura

Prefácio de Flávio Marinho

Realização Instituto eté

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Bibi Ferreira, uma vida no palco https://teatrohoje.com.br/2020/06/30/bibi-ferreira-uma-vida-no-palco/ Tue, 30 Jun 2020 14:45:57 +0000 https://teatrohoje.com.br/?p=90834 Não é sempre que o mercado editorial brasileiro nos presenteia com uma biografia de um ícone artístico trazendo o essencial com tanta sobriedade e elegância, além de todos os detalhes que contribuíram para construir sua trajetória, tanto íntima quanto pública. A nova edição da fotobiografia Bibi Ferreira, uma Vida no Palco atualiza em vinte anos a vida e a carreira de uma das maiores artistas brasileiras de todos os tempos. Versão ampliada, o livro completa a trajetória de 77 anos de palco de Bibi, incluindo o período compreendido entre 2001 e 2019, ano de sua morte aos 96 anos. Fotos, texto e legendas se completam numa simbiose quase litúrgica, envolvendo todos os artífices (tanto protagonistas quanto coadjuvantes) que fizeram parte de sua carreira, e contribuíram para que Bibi se tornasse a maior artista brasileira e mundial. Nilson Raman, que assina a coordenação editorial, foi amigo, empresário, produtor e mestre de cerimônias dos shows de Bibi por quase três décadas. Maria Alice Silvério é produtora e pesquisadora, trabalha na área cultural desde 1965. Segundo ela, “pesquisar a carreira de Bibi Ferreira foi uma das tarefas mais árduas e gratificantes da minha vida profissional. O volume de informações era enorme: inúmeros espetáculos, todos os prêmios e troféus mais importantes, uma legião de fãs espalhados por todos os cantos do país, assim como em Portugal e na França, críticas nos mais significativos periódicos, nacionais e estrangeiros”. A novidade é que o leitor pode comprar a edição física ou ler gratuitamente pela Internet. Serão vendidos apenas 800 exemplares, a R$ 150,00. O miolo abriga textos biográficos, outros em primeira pessoa, reprodução de reportagens e recortes de críticas de jornais e revistas de várias épocas, com destaque para a matéria de página inteira publicada pelo The New York Times, em 2016. Traz depoimentos de Catulo da Paixão Cearense, Austregésilo de Athayde, Paschoal Carlos Magno e Sábado Magaldi, entre outros ilustres. Tem espaço ainda para passagens sobre seus casamentos, a filha, os netos, sua fiel escudeira, a camareira Neide, que cuidava da Bibi em casa desde 1982, e a produtora executiva Cleusa Amaral, entre outras pessoas importantes no seu dia a dia.   Bibi Ferreira – uma Vida no Palco – 2ª edição atualizada, Editora Giostri,  Rio de Janeiro. Setembro de 2019. Edição de Texto e Produção Editorial – Maria Alice Silvério. Produção executiva – Cleusa Amaral. Pesquisa de fotos e textos – Maria Alice Silvério e Cleusa Amaral. Pesquisa de fotos da 1ª edição – Maria Alice Silvério, Gilson Gomes e Junior Amaro. Consultoria editorial 1ª edição – Edinha Diniz. Preparação de originais e revisão – Furio Lonza. Projeto Gráfico e Editoração – Hannah 23. Tratamento de fotos – Marcos Corrêa (1ª edição), Sandro Bezerra, Viana, Suzane Nahas e Hannah 23 (2ª edição). Desenvolvimento da plataforma/site – Agência Xadrez/ Diego Fernandes. Fotos de sobrecapa e capa – Wilian Aguiar. Coordenação editorial – Nilson Raman. Patrocínio: Ministério da Cidadania, Secretaria Especial de Cultura e Estácio.   Para compra – https://lojavirtual.giostrieditora.com.br/index.php?route=product/product&product_id= 11079   Para acesso gratuito à Internet – www.raman.pt/fotobiografia

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Não é sempre que o mercado editorial brasileiro nos presenteia com uma biografia de um ícone artístico trazendo o essencial com tanta sobriedade e elegância, além de todos os detalhes que contribuíram para construir sua trajetória, tanto íntima quanto pública.

A nova edição da fotobiografia Bibi Ferreira, uma Vida no Palco atualiza em vinte anos a vida e a carreira de uma das maiores artistas brasileiras de todos os tempos. Versão ampliada, o livro completa a trajetória de 77 anos de palco de Bibi, incluindo o período compreendido entre 2001 e 2019, ano de sua morte aos 96 anos.

Fotos, texto e legendas se completam numa simbiose quase litúrgica, envolvendo todos os artífices (tanto protagonistas quanto coadjuvantes) que fizeram parte de sua carreira, e contribuíram para que Bibi se tornasse a maior artista brasileira e mundial.

Nilson Raman, que assina a coordenação editorial, foi amigo, empresário, produtor e mestre de cerimônias dos shows de Bibi por quase três décadas. Maria Alice Silvério é produtora e pesquisadora, trabalha na área cultural desde 1965. Segundo ela, “pesquisar a carreira de Bibi Ferreira foi uma das tarefas mais árduas e gratificantes da minha vida profissional. O volume de informações era enorme: inúmeros espetáculos, todos os prêmios e troféus mais importantes, uma legião de fãs espalhados por todos os cantos do país, assim como em Portugal e na França, críticas nos mais significativos periódicos, nacionais e estrangeiros”.

A novidade é que o leitor pode comprar a edição física ou ler gratuitamente pela Internet. Serão vendidos apenas 800 exemplares, a R$ 150,00.

O miolo abriga textos biográficos, outros em primeira pessoa, reprodução de reportagens e recortes de críticas de jornais e revistas de várias épocas, com destaque para a matéria de página inteira publicada pelo The New York Times, em 2016. Traz depoimentos de Catulo da Paixão Cearense, Austregésilo de Athayde, Paschoal Carlos Magno e Sábado Magaldi, entre outros ilustres.

Tem espaço ainda para passagens sobre seus casamentos, a filha, os netos, sua fiel escudeira, a camareira Neide, que cuidava da Bibi em casa desde 1982, e a produtora executiva Cleusa Amaral, entre outras pessoas importantes no seu dia a dia.

 

Bibi Ferreira – uma Vida no Palco2ª edição atualizada, Editora Giostri,  Rio de Janeiro. Setembro de 2019. Edição de Texto e Produção Editorial – Maria Alice Silvério. Produção executiva – Cleusa Amaral. Pesquisa de fotos e textos – Maria Alice Silvério e Cleusa Amaral. Pesquisa de fotos da 1ª edição – Maria Alice Silvério, Gilson Gomes e Junior Amaro. Consultoria editorial 1ª edição – Edinha Diniz. Preparação de originais e revisão – Furio Lonza. Projeto Gráfico e Editoração – Hannah 23. Tratamento de fotos – Marcos Corrêa (1ª edição), Sandro Bezerra, Viana, Suzane Nahas e Hannah 23 (2ª edição). Desenvolvimento da plataforma/site – Agência Xadrez/ Diego Fernandes. Fotos de sobrecapa e capa – Wilian Aguiar. Coordenação editorial – Nilson Raman.

Patrocínio: Ministério da Cidadania, Secretaria Especial de Cultura e Estácio.

 

Para compra –

https://lojavirtual.giostrieditora.com.br/index.php?route=product/product&product_id= 11079

 

Para acesso gratuito à Internet –

www.raman.pt/fotobiografia

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Um Circo de Rins e Fígados https://teatrohoje.com.br/2020/01/01/um-circo-de-rins-e-figados/ Wed, 01 Jan 2020 21:35:55 +0000 http://br1018.teste.website/~teatro65/?p=78805 São poucos os artistas de teatro brasileiros que conseguiram sustentar ao longo dos anos uma atuação tão eficaz quanto polêmica como Gerald Thomas. Na década de 80, não passava um só dia em que ele não figurasse nas páginas da grande mídia com provocações, artifícios e casuísmos. Para estar na berlinda, valia tudo: lançamento de uma nova peça, entrevistas bombásticas na Folha de S. Paulo, que lhe dava guarida inclusive quando não tinha nada para dizer, workshops, leituras, conferências, debates, enfim, qualquer coisa. A crítica especializada não tinha sossego e se dividia, mas é inegável que Gerald tinha seu valor, particularmente em seus primeiros espetáculos (4 Vezes Beckett e Electra Concreta) onde ele instituiu uma linha de pensamento coerente com seus conceitos e um método (se é que podemos dizer assim) bastante revolucionário, além de quebrar vários paradigmas do fazer teatral e guindar ao primeiro plano a atriz Bete Coelho, sua musa durante algum tempo, até ser substituída por Fernandinha Torres, com quem se casou (também durante algum tempo). Fez um pouco de tudo: escreveu, dirigiu e mostrou a bunda num espetáculo alternativo no Teatro Municipal, quando recebeu uma ensurdecedora vaia que o consagrou para a posteridade. A partir disso, se mandou para Nova York, local onde desenvolve seus trabalhos até hoje. As últimas informações dão conta que anda fazendo experiências teatrais com John Paul Jones, ex-baixista do Led Zeppelin. Agora, lança um livro com a reunião das peças escritas e montadas no Brasil e no exterior. A obra apresenta os textos integrais de 24 peças acompanhadas de suas respectivas críticas de época, e traz ainda ensaios da organizadora Adriana Maciel, do jornalista Dirceu Alves Jr. e da professora de teoria do teatro Flora Süssekind. O livro configura-se como o mais completo em língua portuguesa sobre a profícua produção autoral desse dramaturgo brasileiro, abrangendo até mesmo o texto de sua peça mais recente, Dilúvio, encenada no Teatro Sesc Anchieta no final de 2017. Os textos teatrais escritos por Gerald Thomas emolduram a vivacidade dos atores em cena. Organizá-los em um único volume é um registro importante da força da palavra no palco, sem que seja somente ela a motriz de um diretor inquieto, provocador e tão importante para a história do teatro brasileiro. Criado pela Tuut Design, o projeto gráfico do livro tomou como ponto de partida uma declaração de Gerald Thomas que define uma peça de teatro como um organismo vivo. Segundo ele: “Quando o ator respira, o público está respirando junto, então o nosso pulmão atinge o pulmão do público. Logo, o teatro funciona como um órgão enorme, um coração, por exemplo, que inspira e expira, e o público inspira e expira junto com o ator. Isso faz com que o teatro se transforme em um pequeno universo”. O conceito adotou uma estética que transmite ousadia e experimentação. A lombada do livro fica exposta quando a capa é aberta, revelando que a marca desse projeto é sua estética visceral na exploração das partes para formar um todo que traduza a sua essência. Atualmente Gerald Thomas está preparando Gastrointestinal Prayer, um solo com a atriz Lotte Andersen que estreia em Copenhagen, em março de 2020. Para o Brasil, ele está escrevendo uma nova peça inspirada em Rembrandt, prevista para estrear em São Paulo no segundo semestre de 2020.   Um Circo de Rins e Fígados, de Gerald Thomas, Edições Sesc, 2019.

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São poucos os artistas de teatro brasileiros que conseguiram sustentar ao longo dos anos uma atuação tão eficaz quanto polêmica como Gerald Thomas. Na década de 80, não passava um só dia em que ele não figurasse nas páginas da grande mídia com provocações, artifícios e casuísmos.

Um Circo de Rins e FígadosPara estar na berlinda, valia tudo: lançamento de uma nova peça, entrevistas bombásticas na Folha de S. Paulo, que lhe dava guarida inclusive quando não tinha nada para dizer, workshops, leituras, conferências, debates, enfim, qualquer coisa.

A crítica especializada não tinha sossego e se dividia, mas é inegável que Gerald tinha seu valor, particularmente em seus primeiros espetáculos (4 Vezes Beckett e Electra Concreta) onde ele instituiu uma linha de pensamento coerente com seus conceitos e um método (se é que podemos dizer assim) bastante revolucionário, além de quebrar vários paradigmas do fazer teatral e guindar ao primeiro plano a atriz Bete Coelho, sua musa durante algum tempo, até ser substituída por Fernandinha Torres, com quem se casou (também durante algum tempo).

Fez um pouco de tudo: escreveu, dirigiu e mostrou a bunda num espetáculo alternativo no Teatro Municipal, quando recebeu uma ensurdecedora vaia que o consagrou para a posteridade.

A partir disso, se mandou para Nova York, local onde desenvolve seus trabalhos até hoje. As últimas informações dão conta que anda fazendo experiências teatrais com John Paul Jones, ex-baixista do Led Zeppelin.

Agora, lança um livro com a reunião das peças escritas e montadas no Brasil e no exterior.

A obra apresenta os textos integrais de 24 peças acompanhadas de suas respectivas críticas de época, e traz ainda ensaios da organizadora Adriana Maciel, do jornalista Dirceu Alves Jr. e da professora de teoria do teatro Flora Süssekind. O livro configura-se como o mais completo em língua portuguesa sobre a profícua produção autoral desse dramaturgo brasileiro, abrangendo até mesmo o texto de sua peça mais recente, Dilúvio, encenada no Teatro Sesc Anchieta no final de 2017.

Os textos teatrais escritos por Gerald Thomas emolduram a vivacidade dos atores em cena. Organizá-los em um único volume é um registro importante da força da palavra no palco, sem que seja somente ela a motriz de um diretor inquieto, provocador e tão importante para a história do teatro brasileiro.

Criado pela Tuut Design, o projeto gráfico do livro tomou como ponto de partida uma declaração de Gerald Thomas que define uma peça de teatro como um organismo vivo. Segundo ele: “Quando o ator respira, o público está respirando junto, então o nosso pulmão atinge o pulmão do público. Logo, o teatro funciona como um órgão enorme, um coração, por exemplo, que inspira e expira, e o público inspira e expira junto com o ator. Isso faz com que o teatro se transforme em um pequeno universo”.

O conceito adotou uma estética que transmite ousadia e experimentação. A lombada do livro fica exposta quando a capa é aberta, revelando que a marca desse projeto é sua estética visceral na exploração das partes para formar um todo que traduza a sua essência.

Atualmente Gerald Thomas está preparando Gastrointestinal Prayer, um solo com a atriz Lotte Andersen que estreia em Copenhagen, em março de 2020. Para o Brasil, ele está escrevendo uma nova peça inspirada em Rembrandt, prevista para estrear em São Paulo no segundo semestre de 2020.

 

Um Circo de Rins e Fígados, de Gerald Thomas, Edições Sesc, 2019.

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Teatro das Origens https://teatrohoje.com.br/2019/11/29/teatro-das-origens/ Fri, 29 Nov 2019 20:22:41 +0000 http://br1012.teste.website/~beeped34/beepecriaoc/teatrohoje/?p=76211 Qualquer estudioso que resolvesse pesquisar as origens do teatro se voltaria para a Grécia. Arranjaria facilmente uma bolsa das universidades, viajaria para lá e provavelmente ficaria hospedado num hotel cinco estrelas, com direito a uma jacuzzi no quarto e beberia a água de Vichy do frigobar para espantar o calor que campeia por aquelas paragens. Zeca Ligiéro resolveu fazer o contrário: foi estudar as performances afro-ameríndias, desdenhando as fontes europeias ocidentais, nos aproximando das nascentes do teatro sob o ponto de vista dos continentes colonizados, e procurou saber o que os saberes ancestrais nos dizem a esse respeito, segundo o teatrólogo Oswald Barroso, não como uma volta ao passado, mas bebendo da fonte viva do presente. O resultado é surpreendente e nos lembra de perto os ensinamentos que o pintor Paul Gauguin recebeu dos aborígenes das Ilhas das Marquesas quando se desiludiu com os rumos controversos das artes plásticas na Europa. A cultura afro-ameríndia também nos diz que o teatro é o que é no seu nascedouro, parte inseparável da vida humana, em todas as dimensões do tempo e do espaço. Ou seja (ainda segundo Barroso), nos escritos de Zeca Ligiéro, o teatro não está confinado aos espetáculos em palcos à italiana. Manifesta-se das formas mais inesperadas e insuspeitas às percepções desavisadas. Cultivado por todos os povos, o teatro por ele estudado anima os corpos e cultua o espírito de seres, em ritos e jogos, ao som de batuques e cantos, agitando vidas dançantes, na narrativa de mitos e contos. Daí sua eternidade. Em suas andanças, o autor cruzou continentes, atravessou América, África e Turquia, consultou vasta bibliografia, visitou mestres e terreiros da tradição popular e garimpou informações de diferentes origens, confrontando-as e amalgamando-as para nos dar um vasto panorama sobre os mistérios contidos nessas culturas. Teatro das Origens revela um mundo novo, que nos religa à natureza. Até porque, como disse Lisandro Guarkax, artista maia, citado por Zeca: “No tempo em que Colombo veio à América para comprovar se o mundo era redondo, nossos avôs e avós maias (já) conheciam o universo”. No prefácio do livro, José Dantas Martins deixa tudo isso ainda mais claro. Ele diz: “O Teatro das Origens está aqui. Em qualquer lugar e hora. Por exemplo, durante a VI Mostra Latino-Americana de Teatro de Grupo de São Paulo, em 2011, em que compartilhamos com Zeca uma obra que mostrou a conexão entre o presente e o passado. Eu falo do grupo Sotz´il, da Guatemala, com a apresentação do espetáculo Oxlajuj B´aqtun”, para finalizar em grande estilo: “O Teatro das Origens é, também, o teatro do presente e do futuro”.   Teatro das Origens – Estudos das Performances Afro-Ameríndias, de Zeca Ligiéro, Editora Garamond, 2019, 295 páginas

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Qualquer estudioso que resolvesse pesquisar as origens do teatro se voltaria para a Grécia. Arranjaria facilmente uma bolsa das universidades, viajaria para lá e provavelmente ficaria hospedado num hotel cinco estrelas, com direito a uma jacuzzi no quarto e beberia a água de Vichy do frigobar para espantar o calor que campeia por aquelas paragens.

Zeca Ligiéro resolveu fazer o contrário: foi estudar as performances afro-ameríndias, desdenhando as fontes europeias ocidentais, nos aproximando das nascentes do teatro sob o ponto de vista dos continentes colonizados, e procurou saber o que os saberes ancestrais nos dizem a esse respeito, segundo o teatrólogo Oswald Barroso, não como uma volta ao passado, mas bebendo da fonte viva do presente.

O resultado é surpreendente e nos lembra de perto os ensinamentos que o pintor Paul Gauguin recebeu dos aborígenes das Ilhas das Marquesas quando se desiludiu com os rumos controversos das artes plásticas na Europa. A cultura afro-ameríndia também nos diz que o teatro é o que é no seu nascedouro, parte inseparável da vida humana, em todas as dimensões do tempo e do espaço.

Ou seja (ainda segundo Barroso), nos escritos de Zeca Ligiéro, o teatro não está confinado aos espetáculos em palcos à italiana. Manifesta-se das formas mais inesperadas e insuspeitas às percepções desavisadas. Cultivado por todos os povos, o teatro por ele estudado anima os corpos e cultua o espírito de seres, em ritos e jogos, ao som de batuques e cantos, agitando vidas dançantes, na narrativa de mitos e contos. Daí sua eternidade.

Em suas andanças, o autor cruzou continentes, atravessou América, África e Turquia, consultou vasta bibliografia, visitou mestres e terreiros da tradição popular e garimpou informações de diferentes origens, confrontando-as e amalgamando-as para nos dar um vasto panorama sobre os mistérios contidos nessas culturas.

Teatro das Origens revela um mundo novo, que nos religa à natureza. Até porque, como disse Lisandro Guarkax, artista maia, citado por Zeca: “No tempo em que Colombo veio à América para comprovar se o mundo era redondo, nossos avôs e avós maias (já) conheciam o universo”.

No prefácio do livro, José Dantas Martins deixa tudo isso ainda mais claro. Ele diz: “O Teatro das Origens está aqui. Em qualquer lugar e hora. Por exemplo, durante a VI Mostra Latino-Americana de Teatro de Grupo de São Paulo, em 2011, em que compartilhamos com Zeca uma obra que mostrou a conexão entre o presente e o passado. Eu falo do grupo Sotz´il, da Guatemala, com a apresentação do espetáculo Oxlajuj B´aqtun”, para finalizar em grande estilo: “O Teatro das Origens é, também, o teatro do presente e do futuro”.

 

Teatro das Origens – Estudos das Performances Afro-Ameríndias, de Zeca Ligiéro, Editora Garamond, 2019, 295 páginas

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Teatro das Oprimidas: estéticas feministas para poéticas políticas https://teatrohoje.com.br/2019/11/01/teatro-das-oprimidas-esteticas-feministas-para-poeticas-politicas/ Fri, 01 Nov 2019 13:32:39 +0000 http://br1012.teste.website/~beeped34/beepecriaoc/teatrohoje/?p=74588 Teatro das Oprimidas surge em virtude da necessidade de desenvolver produções teatrais nas quais as mulheres não sejam culpabilizadas pelas violências machistas que enfrentam, e de ampliar a participação de artistas-ativistas como facilitadoras desses processos de produção e do diálogo com o público. Além de aprofundar a perspectiva subjetiva do problema para explicitar a complexidade das personagens, esta análise prioriza a inclusão da estrutura social na encenação, a fim de revelar os mecanismos de opressão que sustentam o sistema patriarcal. Se a experiência de Augusto Boal representou uma revolução na forma de conceber e implementar o fazer teatral ainda na década de 60, o Teatro das Oprimidas constitui a revolução dentro da revolução, uma metodologia que surgiu de dentro de outra metodologia com o objetivo de aprofundá-la, ampliá-la e questioná-la. No Teatro das Oprimidas, não se questiona apenas o caráter singular e masculino “do Oprimido”, busca-se a superação da abordagem individualista na representação cênica por meio da problematização do contexto social que limita (e muitas vezes impede) as escolhas pessoais das oprimidas. Nesse sentido, como processo estético e político, relativiza a importância dos comportamentos individuais na encenação, a fim de jogar luz nas variáveis que interferem na situação, independente das decisões particulares da protagonista. Esta metodologia de trabalho procura desenvolver a perspectiva artística e a abordagem estrutural em produções teatrais por meio de estéticas feministas. O livro apresenta a história do surgimento e da expansão da Rede Ma(g)dalena Internacional, de artistas-ativistas da América Latina, Europa, África e Ásia. A rede foi e segue sendo impulsionada pelo desenvolvimento do Teatro das Oprimidas, metodologia teatral de perspectiva feminista. As protagonistas dessa obra são ativistas que, como praticantes e integrantes do movimento internacional de Teatro do Oprimido, a partir de seus lugares de existência e de resistência, decidiram implementar estratégias antipatriarcais na práxis do método. O livro traz um vasto arsenal de exercícios, jogos e técnicas inovadoras, que podem ser usados como exemplos práticos de aplicação da metodologia e de atuação articulada em rede. Bárbara Santos analisa os problemas enfrentados e os avanços políticos e metodológicos de uma década de atuação, destacando as questões que seguem desafiando o Teatro das Oprimidas, uma experiência estética que visa a investigação e a superação das opressões enfrentadas pelas mulheres. A autora Bárbara Santos tem 29 anos de experiência ininterrupta com o Teatro do Oprimido em mais de 40 países.  É uma das idealizadoras e principal difusora do Teatro das Oprimidas. A autora é fundadora da Rede Ma(g)dalena Internacional, composta por grupos feministas da América Latina, Europa, África e Ásia. No Brasil, atua como consultora do Centro de Teatro do Oprimido, editora da revista METAXIS e como diretora artística do grupo Cor do Brasil e do Coletivo Madalena-Anastácia.  É autora de “Teatro do Oprimido, Raízes e Asas: uma teoria da práxis”, lançado em português, 2016, em espanhol, 2017, em italiano, 2018 e em inglês, 2019. O segundo livro da autora “Percursos Estéticos: abordagens originais sobre o Teatro do Oprimido” foi lançado em português, 2018. Bárbara Santos vive na Alemanha desde 2009, onde é diretora artística de KURINGA – espaço para o Teatro do Oprimido em Berlim e do grupo Madalena-Berlim. Idealizadora e coordenadora do Programa KURINGA de Qualificação em Teatro do Oprimido, que teve avaliação externa da Universidade de Bolonha, integra a ITI Alemanha (International Theatre Institute of UNESCO). Como autora e diretora, tem se destacado por produções artísticas que abordam temas contextuais (capitalismo, racismo, machismo, migração, etc.) e pela pesquisa de formatos coletivos para a intervenção da plateia no Teatro Fórum. Como atriz, fez Filomena, no filme “A Vida Invisível de Eurídice Gusmão”, de Karim Aïnouz, ganhador do Grand Prix, melhor filme, da mostra Un Certain Regard, do Festival de Cannes, de 2019. Como performer, em Travessia, investiga a conversão do corpo cênico em corpo político.   Teatro das Oprimidas: Estéticas Feministas para Poéticas Políticas,  de Bárbara Santos, Editora Casa Philos, 2019, 406 páginas.

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Teatro das Oprimidas surge em virtude da necessidade de desenvolver produções teatrais nas quais as mulheres não sejam culpabilizadas pelas violências machistas que enfrentam, e de ampliar a participação de artistas-ativistas como facilitadoras desses processos de produção e do diálogo com o público.

Além de aprofundar a perspectiva subjetiva do problema para explicitar a complexidade das personagens, esta análise prioriza a inclusão da estrutura social na encenação, a fim de revelar os mecanismos de opressão que sustentam o sistema patriarcal.

Se a experiência de Augusto Boal representou uma revolução na forma de conceber e implementar o fazer teatral ainda na década de 60, o Teatro das Oprimidas constitui a revolução dentro da revolução, uma metodologia que surgiu de dentro de outra metodologia com o objetivo de aprofundá-la, ampliá-la e questioná-la.

No Teatro das Oprimidas, não se questiona apenas o caráter singular e masculino “do Oprimido”, busca-se a superação da abordagem individualista na representação cênica por meio da problematização do contexto social que limita (e muitas vezes impede) as escolhas pessoais das oprimidas.

Nesse sentido, como processo estético e político, relativiza a importância dos comportamentos individuais na encenação, a fim de jogar luz nas variáveis que interferem na situação, independente das decisões particulares da protagonista. Esta metodologia de trabalho procura desenvolver a perspectiva artística e a abordagem estrutural em produções teatrais por meio de estéticas feministas.

O livro apresenta a história do surgimento e da expansão da Rede Ma(g)dalena Internacional, de artistas-ativistas da América Latina, Europa, África e Ásia. A rede foi e segue sendo impulsionada pelo desenvolvimento do Teatro das Oprimidas, metodologia teatral de perspectiva feminista. As protagonistas dessa obra são ativistas que, como praticantes e integrantes do movimento internacional de Teatro do Oprimido, a partir de seus lugares de existência e de resistência, decidiram implementar estratégias antipatriarcais na práxis do método. O livro traz um vasto arsenal de exercícios, jogos e técnicas inovadoras, que podem ser usados como exemplos práticos de aplicação da metodologia e de atuação articulada em rede. Bárbara Santos analisa os problemas enfrentados e os avanços políticos e metodológicos de uma década de atuação, destacando as questões que seguem desafiando o Teatro das Oprimidas, uma experiência estética que visa a investigação e a superação das opressões enfrentadas pelas mulheres.

A autora

Bárbara Santos tem 29 anos de experiência ininterrupta com o Teatro do Oprimido em mais de 40 países.  É uma das idealizadoras e principal difusora do Teatro das Oprimidas. A autora é fundadora da Rede Ma(g)dalena Internacional, composta por grupos feministas da América Latina, Europa, África e Ásia. No Brasil, atua como consultora do Centro de Teatro do Oprimido, editora da revista METAXIS e como diretora artística do grupo Cor do Brasil e do Coletivo Madalena-Anastácia.  É autora de “Teatro do Oprimido, Raízes e Asas: uma teoria da práxis”, lançado em português, 2016, em espanhol, 2017, em italiano, 2018 e em inglês, 2019. O segundo livro da autora “Percursos Estéticos: abordagens originais sobre o Teatro do Oprimido” foi lançado em português, 2018. Bárbara Santos vive na Alemanha desde 2009, onde é diretora artística de KURINGA – espaço para o Teatro do Oprimido em Berlim e do grupo Madalena-Berlim. Idealizadora e coordenadora do Programa KURINGA de Qualificação em Teatro do Oprimido, que teve avaliação externa da Universidade de Bolonha, integra a ITI Alemanha (International Theatre Institute of UNESCO). Como autora e diretora, tem se destacado por produções artísticas que abordam temas contextuais (capitalismo, racismo, machismo, migração, etc.) e pela pesquisa de formatos coletivos para a intervenção da plateia no Teatro Fórum. Como atriz, fez Filomena, no filme “A Vida Invisível de Eurídice Gusmão”, de Karim Aïnouz, ganhador do Grand Prix, melhor filme, da mostra Un Certain Regard, do Festival de Cannes, de 2019. Como performer, em Travessia, investiga a conversão do corpo cênico em corpo político.

 

Teatro das Oprimidas: Estéticas Feministas para Poéticas Políticas,  de Bárbara Santos, Editora Casa Philos, 2019, 406 páginas.

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O GRITO DE MULHERES TORTURADAS https://teatrohoje.com.br/2019/10/01/o-grito-de-mulheres-torturadas/ Tue, 01 Oct 2019 15:51:13 +0000 http://br1012.teste.website/~beeped34/beepecriaoc/teatrohoje/?p=73552 Júlia Emília nasceu, cresceu e escolheu viver em São Luís do Maranhão em meio aos batuques e investigações que as exigências determinam. Tem formação diversificada em sistemas de conscientização corporal e dramaturgias do corpo e da cena, fundamentada nas raízes culturais, mas mantém o foco nas normas cultas. Publicou artigos sobre antropologia cênica e foi selecionada pela FAPEMA (2015), publicando Vivendo Teatrodança, com lançamento performático. Antes, premiada pela FUNC (2006), lançou O Baile das Lavandeiras (FUNC, 2006) e Meninos em terras impuras, em formato digital (Livros Ilimitados, 2014). Seu texto Quitéria & Inês (agora publicado em livro) ganhou o primeiro lugar no Edital Prêmio Literário, SECMA (2018) e foi lançado simultaneamente à montagem da peça. Quitéria & Inês encerra a trilogia onde estão incluídas as peças Meninilha e Ilhadas, (segundo a autora) no exercício de uma linguagem com a qual mulheres que são artistas escrevem sua própria história, sistematizam suas técnicas e análises, preservam sua memória e constroem crítica que encarna fatos reais em reinvenções dramatúrgicas, com fontes e documentos, apresentada na dramaturgia reconhecida como teatro do corpo, quando o ser humano usa sua presença física e mental em situação organizada de representação e diferenciada dos usos na vida cotidiana. Embora vivendo de épocas diferentes na história do Brasil, as duas personagens dialogam em cena, transcendendo o tempo e o espaço. Dona Quitéria Francisca Sebastiana, rica senhora de engenho na ribeira do rio Mearim, aprisionada em 1784 pelo marido e o cunhado para se apropriarem de seus bens, se constitui no arquétipo da dolorosa semelhança entre os encarceramentos forçados do século XVIII e os acontecimentos do regime ditatorial brasileiro, horror presente nas vozes sobreviventes das mulheres xingadas, seviciadas, estupradas, molestadas e abusadas nos calabouços da repressão. Ainda segundo o depoimento de Júlia Emília, a transversalidade entre territórios geográficos e a escolha de figuras históricas equidistantes assume múltiplas linguagens com a presença de Inês Etienne Romeu, a última presa política libertada e única sobrevivente da Casa da Morte, com a Lei da Anistia, promulgada em 28 de agosto de 1979, lhe possibilitando denunciar e esclarecer os crimes acontecidos. A vergonhosa prevalência que extermina o universo mítico do feminismo das narradoras Quitéria e Inês, sentimentos femininos destroçados que não se apresentam como sofredoras resignadas, representam as condições do delicado tecido da consciência social, sem conotação de gênero isolado, inseridas nas culturas do mundo, experimentando a relatividade do bem e do mal e preservando sua independência com qualidades compassivas. O ato violento desmedido alinhava numa única condição de existência o espancamento doméstico sequenciado, o encarceramento para manutenção de valores morais, a tortura que a ideologia manipula com disfarce político.   Quitéria & Inês, de Júlia Emília, 77 páginas, Quintal Edições/ SECMA, 2019.

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Júlia Emília nasceu, cresceu e escolheu viver em São Luís do Maranhão em meio aos batuques e investigações que as exigências determinam. Tem formação diversificada em sistemas de conscientização corporal e dramaturgias do corpo e da cena, fundamentada nas raízes culturais, mas mantém o foco nas normas cultas.

Publicou artigos sobre antropologia cênica e foi selecionada pela FAPEMA (2015), publicando Vivendo Teatrodança, com lançamento performático. Antes, premiada pela FUNC (2006), lançou O Baile das Lavandeiras (FUNC, 2006) e Meninos em terras impuras, em formato digital (Livros Ilimitados, 2014).

Seu texto Quitéria & Inês (agora publicado em livro) ganhou o primeiro lugar no Edital Prêmio Literário, SECMA (2018) e foi lançado simultaneamente à montagem da peça.

Quitéria & Inês encerra a trilogia onde estão incluídas as peças Meninilha e Ilhadas, (segundo a autora) no exercício de uma linguagem com a qual mulheres que são artistas escrevem sua própria história, sistematizam suas técnicas e análises, preservam sua memória e constroem crítica que encarna fatos reais em reinvenções dramatúrgicas, com fontes e documentos, apresentada na dramaturgia reconhecida como teatro do corpo, quando o ser humano usa sua presença física e mental em situação organizada de representação e diferenciada dos usos na vida cotidiana.

Embora vivendo de épocas diferentes na história do Brasil, as duas personagens dialogam em cena, transcendendo o tempo e o espaço. Dona Quitéria Francisca Sebastiana, rica senhora de engenho na ribeira do rio Mearim, aprisionada em 1784 pelo marido e o cunhado para se apropriarem de seus bens, se constitui no arquétipo da dolorosa semelhança entre os encarceramentos forçados do século XVIII e os acontecimentos do regime ditatorial brasileiro, horror presente nas vozes sobreviventes das mulheres xingadas, seviciadas, estupradas, molestadas e abusadas nos calabouços da repressão.

Ainda segundo o depoimento de Júlia Emília, a transversalidade entre territórios geográficos e a escolha de figuras históricas equidistantes assume múltiplas linguagens com a presença de Inês Etienne Romeu, a última presa política libertada e única sobrevivente da Casa da Morte, com a Lei da Anistia, promulgada em 28 de agosto de 1979, lhe possibilitando denunciar e esclarecer os crimes acontecidos.

A vergonhosa prevalência que extermina o universo mítico do feminismo das narradoras Quitéria e Inês, sentimentos femininos destroçados que não se apresentam como sofredoras resignadas, representam as condições do delicado tecido da consciência social, sem conotação de gênero isolado, inseridas nas culturas do mundo, experimentando a relatividade do bem e do mal e preservando sua independência com qualidades compassivas. O ato violento desmedido alinhava numa única condição de existência o espancamento doméstico sequenciado, o encarceramento para manutenção de valores morais, a tortura que a ideologia manipula com disfarce político.

 

Quitéria & Inês, de Júlia Emília, 77 páginas, Quintal Edições/ SECMA, 2019.

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Como nascem as peças de teatro https://teatrohoje.com.br/2019/09/01/como-nascem-as-pecas-de-teatro/ Sun, 01 Sep 2019 21:07:06 +0000 http://br1012.teste.website/~beeped34/beepecriaoc/teatrohoje/?p=72366 Toda escritura tem uma gênese, todo escritor tem um ponto de partida. Ele é íntimo, particular, subjetivo e intransferível. Tem gente que acredita nas musas, na inspiração que ela sussurra aos ouvidos de alguns privilegiados. Tem outros que colocam em prática a pesquisa (histórica ou não), para só depois desovar seus conceitos e suas iluminações. Tem gente mais pragmática: parte de episódios do cotidiano e eventos diversos para, em seguida, verticalizar o resultado sob o filtro psicológico & poético, abstraindo o que estava submerso nas entrelinhas do inferno das relações humanas. Há ainda um grupo de escritores que duvida das palavras, tentando entender seu significado e sua extensão natural antes mesmo de contar uma história. Há franco-atiradores, há especialistas, existem os que experimentam formas novas e inéditas de se fazer entender. Há escritores progressistas, conservadores, os que se engajam em ideologias, há dramaturgos tradicionalistas, há panfletários e os que se contentam apenas em entreter as plateias com peças de fácil digestão. Há os que escrevem para si, há os que escrevem sob demanda. Existem dramaturgos que têm companhias de teatro e há os solitários, que vivem batalhando um lugar ao sol através de editais ou financiamentos coletivos, croudfoundings etc. Há os escritores da moda, do verão, há os fisiológicos, que se valem de amigos e contatos com entidades para viabilizar seus trabalhos. Enfim, há de tudo, mas, afinal, como nascem as peças de teatro de maneira geral? Essas e outras questões foram postas para alguns dramaturgos da atualidade, com o objetivo de discutir a melhor maneira de cada um atacar a gênese, o desenvolvimento de um texto, como e por que se interessaram pelo tema, como chegaram a ele e a forma que colocam em prática para que aquele amontoado de diálogos e rubricas se torne um espetáculo de teatro. A iniciativa é da editora Cobogó, em parceria com o Sesc, e solidificou-se num livro que pode ser encontrado nas livrarias tanto por especialistas quanto por curiosos. Maratona de Dramaturgia tem organização de Isabel Diegues, José Fernando Peixoto de Azevedo e Kil Abreu, que levantaram questões a serem respondidas por um grupo de 12 escritores de teatro que se notabilizaram nos últimos anos por proporem (cada um a sua maneira) novas maneiras de abordar temas dentro do universo dramatúrgico, todos com vasta produção de textos e muitos deles com indicações e premiações nos principais certames desta época tão conturbada em que vivemos. São eles: Alexandre del Farra, Newton Moreno, Francisco Carlos, Roberto Alvim, Grace Passô, Dione Carlos, Michelle Ferreira, Pedro Brício, Sílvia Gomez, Emanuel Aragão, Pedro Kosovski e Jô Bilac. Sem entrar no mérito da escolha dos nomes, pois toda antologia é passível de crítica (por ser eminentemente subjetiva), percebe-se que há de tudo um pouco: há dramaturgos acima de qualquer suspeita em relação à excelência qualitativa de seus textos, há intimistas, há outsiders, há figurinhas carimbadas. Eles foram entrevistados durante 50 minutos pela equipe e responderam sobre forma & processo; experiência pessoal; como lidam com o espaço e o tempo; as condições de produção; a quais linhagens (nacionais ou internacionais) mais se identificam e como lidam com o público, a qual segmento seus trabalhos são endereçados, entre outros temas que surgiram no calor das conversas. Uns mais, outros menos articulados, cada qual safou-se bem das perguntas iniciais e dos apartes feitos durante as entrevistas, embora nem todos tenham se desnudado de seus egos. É de se lamentar apenas dois fatos: embora alguns tenham nascido em Minas Gerais, Pernambuco e Brasília, todos estão radicados no eixo Rio-São Paulo. (Dos 12, sete trabalham em São Paulo e cinco no Rio.) Dos 12, há apenas uma autora negra. Iniciativas como esta deveriam ser mais constantes, pois é necessário que o público saiba o que pensam os escritores que norteiam o que é mostrado nos palcos. É bem provável que novos projetos deste tipo estejam sendo pensados pelos organizadores para o futuro, tipo Maratona de Atores e Atrizes, Maratona de Diretores, Maratona de Artistas Fora do Eixo Rio-São Paulo e assim por diante, com o objetivo de mapear todos os nomes que frequentam o universo teatral da atualidade.   Maratona de Dramaturgia, organizada por Isabel Diegues, José Fernando Peixoto de Azevedo e Kil Abreu, Editora Cobogó/Sesc, 272 páginas, 48 reais.

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Toda escritura tem uma gênese, todo escritor tem um ponto de partida. Ele é íntimo, particular, subjetivo e intransferível. Tem gente que acredita nas musas, na inspiração que ela sussurra aos ouvidos de alguns privilegiados. Tem outros que colocam em prática a pesquisa (histórica ou não), para só depois desovar seus conceitos e suas iluminações. Tem gente mais pragmática: parte de episódios do cotidiano e eventos diversos para, em seguida, verticalizar o resultado sob o filtro psicológico & poético, abstraindo o que estava submerso nas entrelinhas do inferno das relações humanas.

Há ainda um grupo de escritores que duvida das palavras, tentando entender seu significado e sua extensão natural antes mesmo de contar uma história. Há franco-atiradores, há especialistas, existem os que experimentam formas novas e inéditas de se fazer entender. Há escritores progressistas, conservadores, os que se engajam em ideologias, há dramaturgos tradicionalistas, há panfletários e os que se contentam apenas em entreter as plateias com peças de fácil digestão. Há os que escrevem para si, há os que escrevem sob demanda. Existem dramaturgos que têm companhias de teatro e há os solitários, que vivem batalhando um lugar ao sol através de editais ou financiamentos coletivos, croudfoundings etc.

Há os escritores da moda, do verão, há os fisiológicos, que se valem de amigos e contatos com entidades para viabilizar seus trabalhos. Enfim, há de tudo, mas, afinal, como nascem as peças de teatro de maneira geral?

Essas e outras questões foram postas para alguns dramaturgos da atualidade, com o objetivo de discutir a melhor maneira de cada um atacar a gênese, o desenvolvimento de um texto, como e por que se interessaram pelo tema, como chegaram a ele e a forma que colocam em prática para que aquele amontoado de diálogos e rubricas se torne um espetáculo de teatro.

A iniciativa é da editora Cobogó, em parceria com o Sesc, e solidificou-se num livro que pode ser encontrado nas livrarias tanto por especialistas quanto por curiosos.

Maratona de Dramaturgia tem organização de Isabel Diegues, José Fernando Peixoto de Azevedo e Kil Abreu, que levantaram questões a serem respondidas por um grupo de 12 escritores de teatro que se notabilizaram nos últimos anos por proporem (cada um a sua maneira) novas maneiras de abordar temas dentro do universo dramatúrgico, todos com vasta produção de textos e muitos deles com indicações e premiações nos principais certames desta época tão conturbada em que vivemos.

São eles: Alexandre del Farra, Newton Moreno, Francisco Carlos, Roberto Alvim, Grace Passô, Dione Carlos, Michelle Ferreira, Pedro Brício, Sílvia Gomez, Emanuel Aragão, Pedro Kosovski e Jô Bilac.

Sem entrar no mérito da escolha dos nomes, pois toda antologia é passível de crítica (por ser eminentemente subjetiva), percebe-se que há de tudo um pouco:

há dramaturgos acima de qualquer suspeita em relação à excelência qualitativa de seus textos, há intimistas, há outsiders, há figurinhas carimbadas.

Eles foram entrevistados durante 50 minutos pela equipe e responderam sobre forma & processo; experiência pessoal; como lidam com o espaço e o tempo; as condições de produção; a quais linhagens (nacionais ou internacionais) mais se identificam e como lidam com o público, a qual segmento seus trabalhos são endereçados, entre outros temas que surgiram no calor das conversas.

Uns mais, outros menos articulados, cada qual safou-se bem das perguntas iniciais e dos apartes feitos durante as entrevistas, embora nem todos tenham se desnudado de seus egos.

É de se lamentar apenas dois fatos: embora alguns tenham nascido em Minas Gerais, Pernambuco e Brasília, todos estão radicados no eixo Rio-São Paulo. (Dos 12, sete trabalham em São Paulo e cinco no Rio.) Dos 12, há apenas uma autora negra.

Iniciativas como esta deveriam ser mais constantes, pois é necessário que o público saiba o que pensam os escritores que norteiam o que é mostrado nos palcos. É bem provável que novos projetos deste tipo estejam sendo pensados pelos organizadores para o futuro, tipo Maratona de Atores e Atrizes, Maratona de Diretores, Maratona de Artistas Fora do Eixo Rio-São Paulo e assim por diante, com o objetivo de mapear todos os nomes que frequentam o universo teatral da atualidade.

 

Maratona de Dramaturgia, organizada por Isabel Diegues, José Fernando Peixoto de Azevedo e Kil Abreu, Editora Cobogó/Sesc, 272 páginas, 48 reais.

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Para acabar com os falsos juízos sobre Artaud https://teatrohoje.com.br/2019/06/28/teatro-hoje-recomenda-o-livro-escritos-de-antonin-artaud/ Fri, 28 Jun 2019 16:44:31 +0000 http://br1012.teste.website/~beeped34/beepecriaoc/teatrohoje/?p=71172 TEATRO HOJE recomenda o livro Escritos de Antonin Artaud O caminho do excesso leva ao palácio da sabedoria. Esta frase não é do Artaud, é do Blake, mas pode-se dizer que ele (mais do que ninguém) identificou-se tanto com esse aforismo que o levou às últimas consequências. Há inúmeros equívocos em relação às atitudes de Artaud. Os mais afoitos falam muito em lucidez da loucura, quando, na verdade, a lucidez (neste caso) seria sinônimo de maturidade, discernimento e até de pragmatismo, adjetivos (na maior parte das vezes) empregados para a manutenção do status quo, nunca da ruptura. À primeira vista, essa expressão pode até parecer impactante, mas não quer dizer nada, é um paradoxo unir essas duas palavras, sob pena de enfraquecer a força de uma iluminação, que só acontece quando não se está sob juízo normal. Elas se anulam. A loucura (nas suas mais variadas formas) é um estágio mental que predispõe o sujeito a quebrar a espinha dorsal das regras sociais. Por sua vez, a iluminação é um fenômeno que só os poetas, as crianças e os xamãs podem alcançar sem fazer uso da consciência. Outros epítetos exóticos foram pregados na testa de Artaud ao longo dos anos: rebelde, incompreendido, marginalizado, precursor, visionário e maldito são os mais usados, o que é, no mínimo, uma redundância, pois, afinal, como poderiam ser qualificados todos os artistas genuínos senão desta maneira plural? Artaud tinha convicção de que o ritual mítico na arte de seu tempo tinha se perdido. Reintroduzi-lo seria uma forma de anular o conformismo para onde o pensamento estava se encaminhando, o que o incomodava mais do que tudo. A arte do teatro tinha se tornado mera exposição de motivos e encaminhamento da mensagem, em detrimento da transcendência. Pois, convenhamos, quando a arte precisa ser justificada como útil, ela deixa de ser arte para se tornar uma mercadoria de consumo, provavelmente conveniente, adequada e (o pior) lucrativa. Pode parecer estranho para as novas gerações, mas essa ideia nasceu no mesmo esteio da arte, que sempre foi conceituada como corruptora de paradigmas, como se podia ver na Antiguidade nos cantadores de rua, bardos, saltimbancos, clowns da corte, dramaturgos gregos e artistas em geral. Artaud fez um pouco de tudo: cartas, poemas, esboços, palestras, artigos, manifestos, ensaios, narrativas, traduções, adaptações, entrevistas, depoimentos, roteiros, sinopses de cinema, rascunhos. Nesse sentido, ele contraria a noção tradicional de obra, que normalmente constitui-se de romances ou poemas ou peças de teatro, ficando o restante para que os biógrafos deitem & rolem com notas de rodapé. Em Artaud, tudo é obra, tudo tem sua importância e interesse, desde os textos mais acabados, mais próximos de algo com começo, meio e fim (o que, aliás, ele se valeu muito pouco) até os fragmentos mais aleatórios, com um adendo importante: para ele, vida e obra eram uma coisa só, uma via de mão dupla, vasos comunicantes que se retroalimentam mutuamente, como já tinham feito dois conterrâneos seus: Rimbaud e Baudelaire. Para quem tem interesse em mergulhar nesse universo onírico que se tornou referência obrigatória para as mais avançadas correntes de pensamento crítico e criação artística nas suas mais variadas manifestações, TEATRO HOJE recomenda o livro Escritos de Antonin Artaud. É apenas uma aproximação, um primeiro contato, mas uma antologia significativa por conter seus principais textos (embora não completos), caso de Manifestos e Cartas do Período Surrealista (de onde foram extraídos, entre outros, os seguintes trechos: O Pesa-Nervos, Carta aos Reitores das Universidades Europeias, Carta ao Dalai Lama, Carta aos Médicos-Chefes dos Manicômios); Heliogábalo ou O Anarquista Coroado; Sobre o Teatro da Crueldade (com trechos de O Teatro e a Peste, A Encenação e a Metafísica Acabar com as Obras-Primas, O Teatro e seu Duplo; Os Taraumaras (onde consta A dança do Peiote); Cartas de Rodez; Van Gogh, o Suicidado pela Sociedade; Para Acabar com o Julgamento de Deus; A Busca da Fecalidade.     Escritos de Antonin Artaud, da coleção Rebeldes & Malditos, com tradução, seleção e notas de Cláudio Willer. L&PM, 167 páginas. “O teatro, como a peste, é uma crise que se resolve pela morte ou pela cura.” “Não há dúvida que, do ponto de vista social, os artistas são escravos.” “O teatro é a encenação, muito mais do que a peça escrita e falada.” “A vida é a imitação de algo essencial, com o qual a arte nos põe em contato.” “Ninguém alguma vez escreveu ou pintou, esculpiu, modelou, construiu ou inventou senão para sair do inferno.” “E não podemos admitir que se impeça o livre desenvolvimento de um delírio, tão legítimo e lógico como qualquer outra série de ideias e atos humanos.” “Quem tem o sentido da unidade tem o sentido da multiplicidade.”

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TEATRO HOJE recomenda o livro Escritos de Antonin Artaud
O caminho do excesso leva ao palácio da sabedoria. Esta frase não é do Artaud, é do Blake, mas pode-se dizer que ele (mais do que ninguém) identificou-se tanto com esse aforismo que o levou às últimas consequências.
Há inúmeros equívocos em relação às atitudes de Artaud. Os mais afoitos falam muito em lucidez da loucura, quando, na verdade, a lucidez (neste caso) seria sinônimo de maturidade, discernimento e até de pragmatismo, adjetivos (na maior parte das vezes) empregados para a manutenção do status quo, nunca da ruptura.
À primeira vista, essa expressão pode até parecer impactante, mas não quer dizer nada, é um paradoxo unir essas duas palavras, sob pena de enfraquecer a força de uma iluminação, que só acontece quando não se está sob juízo normal. Elas se anulam. A loucura (nas suas mais variadas formas) é um estágio mental que predispõe o sujeito a quebrar a espinha dorsal das regras sociais. Por sua vez, a iluminação é um fenômeno que só os poetas, as crianças e os xamãs podem alcançar sem fazer uso da consciência.
Outros epítetos exóticos foram pregados na testa de Artaud ao longo dos anos: rebelde, incompreendido, marginalizado, precursor, visionário e maldito são os mais usados, o que é, no mínimo, uma redundância, pois, afinal, como poderiam ser qualificados todos os artistas genuínos senão desta maneira plural?
Artaud tinha convicção de que o ritual mítico na arte de seu tempo tinha se perdido. Reintroduzi-lo seria uma forma de anular o conformismo para onde o pensamento estava se encaminhando, o que o incomodava mais do que tudo.
A arte do teatro tinha se tornado mera exposição de motivos e encaminhamento da mensagem, em detrimento da transcendência. Pois, convenhamos, quando a arte precisa ser justificada como útil, ela deixa de ser arte para se tornar uma mercadoria de consumo, provavelmente conveniente, adequada e (o pior) lucrativa. Pode parecer estranho para as novas gerações, mas essa ideia nasceu no mesmo esteio da arte, que sempre foi conceituada como corruptora de paradigmas, como se podia ver na Antiguidade nos cantadores de rua, bardos, saltimbancos, clowns da corte, dramaturgos gregos e artistas em geral.
Artaud fez um pouco de tudo: cartas, poemas, esboços, palestras, artigos, manifestos, ensaios, narrativas, traduções, adaptações, entrevistas, depoimentos, roteiros, sinopses de cinema, rascunhos. Nesse sentido, ele contraria a noção tradicional de obra, que normalmente constitui-se de romances ou poemas ou peças de teatro, ficando o restante para que os biógrafos deitem & rolem com notas de rodapé. Em Artaud, tudo é obra, tudo tem sua importância e interesse, desde os textos mais acabados, mais próximos de algo com começo, meio e fim (o que, aliás, ele se valeu muito pouco) até os fragmentos mais aleatórios, com um adendo importante: para ele, vida e obra eram uma coisa só, uma via de mão dupla, vasos comunicantes que se retroalimentam mutuamente, como já tinham feito dois conterrâneos seus: Rimbaud e Baudelaire.
Para quem tem interesse em mergulhar nesse universo onírico que se tornou referência obrigatória para as mais avançadas correntes de pensamento crítico e criação artística nas suas mais variadas manifestações, TEATRO HOJE recomenda o livro Escritos de Antonin Artaud.
É apenas uma aproximação, um primeiro contato, mas uma antologia significativa por conter seus principais textos (embora não completos), caso de Manifestos e Cartas do Período Surrealista (de onde foram extraídos, entre outros, os seguintes trechos: O Pesa-Nervos, Carta aos Reitores das Universidades Europeias, Carta ao Dalai Lama, Carta aos Médicos-Chefes dos Manicômios); Heliogábalo ou O Anarquista Coroado; Sobre o Teatro da Crueldade (com trechos de O Teatro e a Peste, A Encenação e a Metafísica Acabar com as Obras-Primas, O Teatro e seu Duplo; Os Taraumaras (onde consta A dança do Peiote); Cartas de Rodez; Van Gogh, o Suicidado pela Sociedade; Para Acabar com o Julgamento de Deus; A Busca da Fecalidade.

 

 
Escritos de Antonin Artaud, da coleção Rebeldes & Malditos, com tradução, seleção e notas de Cláudio Willer. L&PM, 167 páginas.

“O teatro, como a peste, é uma crise que se resolve pela morte ou pela cura.”
“Não há dúvida que, do ponto de vista social, os artistas são escravos.”
“O teatro é a encenação, muito mais do que a peça escrita e falada.”
“A vida é a imitação de algo essencial, com o qual a arte nos põe em contato.”
“Ninguém alguma vez escreveu ou pintou, esculpiu, modelou, construiu ou inventou senão para sair do inferno.”
“E não podemos admitir que se impeça o livre desenvolvimento de um delírio, tão legítimo e lógico como qualquer outra série de ideias e atos humanos.”
“Quem tem o sentido da unidade tem o sentido da multiplicidade.”

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Teatro dos 4: A Busca da Forma Poética https://teatrohoje.com.br/2019/06/28/teatro-dos-4-a-busca-da-forma-poetica/ Fri, 28 Jun 2019 08:50:11 +0000 http://desenv.teatrohoje.com.br/?p=69416 A extenuante pesquisa não foi em vão. Através do documento definitivo de Daniel Schenker, acadêmicos, profissionais da área, curiosos e leitores em geral podem saber o que representou a fundação, desenvolvimento e manutenção do Teatro dos 4 ao longo de seus quinze anos de existência (de 1978 a 1993).

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A extenuante pesquisa não foi em vão. Através do documento definitivo de Daniel Schenker, acadêmicos, profissionais da área, curiosos e leitores em geral podem saber o que representou a fundação, desenvolvimento e manutenção do Teatro dos 4 ao longo de seus quinze anos de existência (de 1978 a 1993).

Sérgio Britto, Paulo Mamede, Romina Roveda e José Ribeiro Neto (que caiu fora logo no início, sendo substituído por Dema Marques) firmaram a intenção de viabilizar o projeto num jantar no restaurante Trattoria do Mário, em 1976. Em seguida, encontraram um espaço para sua sede no Shopping da Gávea, onde aliás está até hoje. 

Daí para frente, foi uma sucessão de eventos culturais, com inúmeras encenações, produzidas e dirigidas por profissionais tão heterogêneos quanto Antônio Martinez Corrêa, Nelson Xavier, Helder Costa, Walter Schorlies, Alcione Araújo, Celso Nunes, Paulo Betti, Gerald Thomas, José Wilker e Mauro Rasi, este último autor da peça A Cerimônia do Adeus, justamente um dos trabalhos de maior prestígio da Companhia, cujo título o autor toma emprestado para seu livro.

Com temporadas de (em média) seis meses cada, os primeiros trabalhos do Teatro dos 4, em geral, foram bem recebidos pelo público e pela crítica. A estreia foi com Os Veranistas, de Górki, que foi de 11 de julho de 1978 a 30 de dezembro do mesmo ano, assim como A Ópera do Malandro, de Chico Buarque (julho de 1978 a fevereiro de 1979).

Em ordem cronológica, seguiram-se montagens de autores como Oduvaldo Vianna Filho, R. W. Fassbinder, Millôr Fernandes, Dario Fo, Shakespeare, Tchekhov, Pirandello, Beckett, fechando com a adaptação de Ariane Mnouchkine para o romance Mephisto, de Klaus Mann (1993).

Segundo Tania Brandão, que assina a orelha do livro, o Teatro dos 4 caracterizou-se como um empreendimento que buscava a elevação artística, proclamava a luta em prol da uma forma poética substantiva e o apagamento da ênfase vaidosa, pois abdicava de celebrar personalidades a partir de seu próprio nome, designado por um numeral.

Daniel Schenker é mestre e doutor em Artes Cênicas pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO) e bacharel em Comunicação Social pela Faculdade da Cidade. É crítico de cinema e colaborador de jornais e revistas.

 

Teatro dos 4 – A Cerimônia do Adeus do Teatro Moderno, de Daniel Schenker, editora 7Letras, 411 págs.

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