Destaca, honra, ovaciona ou vaia produções ou profissionais cênicos nas categorias Apontamentos, Dramaturgias, Performances, Produções e Técnicas, mencionando quem a Editoria juntamente com o Conselho Consultivo Teatro Hoje em diálogo com colaboradores assistiu no ano e bem avaliou ou não. Podem ser mencionadas desde 1 até 15 pessoas por categoria.

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Confira os citados em 2020 por trabalhos realizados no 2º. Semestre de 2019:

Categoria Apontamentos

  • Gabriel Villela
    Estado de Sítio. Direção com precisão nos mínimos detalhes: as máscaras, o ritmo, a cadência, o clima de vaudeville de opereta farsesca, com destaque para a desmoralização escrachada das instituições, tudo emoldurado por canções italianas e ibéricas da resistência ao autoritarismo da época.
  • Gustavo Rodrigues e Joe Bone
    Billdog 2. Joe Bone é responsável pelo texto e concepção, Gustavo pela atuação e ambos pela direção, misturando o universo pop das HQs com filmes B americanos num espetáculo onde o talento transborda.
  • Leonardo Netto
    3 Maneiras de Tocar no Assunto. Idealização do projeto, autoria, excelência na performance, coragem e perspicácia em mostrar e explicar o que é homofobia, no tom certo da indignação contra a intolerância e a crueldade.

Categoria Dramaturgias

  • Jau Sant’Angelo
    O Diabo em Mrs. Davis. Texto com uma delícia de pormenores, chistes, cenas e embates, emoldurados pela clássica irreverência de Bette Davis, a língua mais afiada que Hollywood teve que engolir.

Categoria Performances

  • Andrea Dantas
    O Diabo em Mrs. Davis. Discrição, precisão e empatia ao interpretar a diva do cinema, Bette Davis, sem perder, por um momento sequer, as rédeas da plateia, comemorando, de uma forma acintosamente simples e sincera seus 40 anos de carreira.
  • Sérgio Machado
    Angels in America. Por sua autêntica descida aos infernos no papel de Roy Cohn, o advogado escroque e homossexual enrustido da peça. O ator encarna com perfeição esse paradoxo ambulante, com direito a chiliques, empáfia, brutalidade e grosserias de todo tipo.

Categoria Produções

  • Alexandre Varella, Cavi Borges e Patrícia Niedermeier
    O Censor. Se revezaram na direção, produção, idealização, tradução e interpretação, unindo cinema e teatro, pegando no cerne da questão, desmoralizando sem meias tintas todas as mazelas e atrocidades que rolam num estado de exceção.

Categoria Técnicas

  • Aurélio de Simoni
    Billdog 2. Iluminação com múltiplos efeitos especiais que constroem um cenário fictício através de focos de luz dirigidas ou feixes espalhados pelo palco que ora ampliam, ora reduzem tudo a um ambiente intimista, e também em Açucenas, onde, junto com Guiga Ensá, conseguiu produzir um clima instigante para que as palavras soassem em toda sua intensidade.
  • Bia Junqueira
    Eu, Moby Dick. Cenografia composta por uma Instalação cênica que transformou o espaço do teatro num ambiente marítimo, onde a amedrontadora baleia, cujo esqueleto foi reproduzido com simplórias cadeiras de plástico, marca sua presença sobre o palco e a plateia.
  • Sérgio Marimba
    Navalha na Carne. Pegou emprestado algumas características do expressionismo alemão e construiu um cafofo no climão de Plínio Marcos, com dimensões singulares, triangular, em cenografia com duas paredes laterais que se encontram na perspectiva do fundo do palco em forma de cunha, como se metaforicamente pretendesse criar um ponto de fuga.

 

 

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