Como Todos os Atos Humanos conta uma história absolutamente surreal que se vale de parábolas e símbolos encruados.

A protagonista, Fani Feldman, faz um monólogo que começa com teatro físico (posturas, caretas, caminhadas circulares, risadas esganiçadas, esgares, silêncios), passa para uma série de confissões estarrecedoras, culminando num crime que afronta a realidade de forma assombrosa e surpreendente.

São três autores – Nelson Coelho, Marina Colasanti e Giorgio Manganelli – e três referências visuais – Francis Bacon, Edvard Munch (particularmente O Grito) e René Magritte – para contar três histórias.

O resultado é uma obra-prima, mas o texto é apenas o pontapé inicial de uma viagem sem volta na busca por sobrevivência, compatível a todos os atos essencialmente humanos.

Sua voz é a voz de todas as mulheres que se viram impotentes diante de um patriarcado insolente e hipócrita e resolvem agir por conta própria para fazer justiça: uma Joker de saias.

A direção precisa, enérgica e pontual é de Rui Ricardo Diaz, a preparação de Antonio Januzelli, a iluminação de Osvaldo Gazotti, o cenário e o figurino são de Daniel Infantini e a produção é da própria Fani Feldman.

Um espetáculo imperdível que acredita na magia do teatro para que a Humanidade suba um patamar rumo à redenção social e artística.

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Como todos os Atos Humanos está no Teatro Poeiirinha, até 9 de abril, terças, quartas e quinats-feiras, às 21 horas.