A hora e vez é uma adaptação do conta A hora e vez de Augusto Matraga, de Guimarães Rosa, num monólogo estrelado por Rui Ricardo Diaz é um ator excepcional. Ele consegue caracterizar os personagens com leves movimentos ou alterações vocais e interpreta todos eles (e são muitos) sem hesitar, ora levemente, ora de forma truculenta.

O ritmo do espetáculo é notável: as cenas se sucedem de forma incomum, assim como os diversos climas da trama.

Não há cenário, o figurino é espartano e a luz é discreta, como se não quisesse ofuscar a grandiosidade do texto. O que vemos é um Guimarães no osso, direto, sem firulas, um típico teatro de resistência dos dias atuais.

Mas Rui Ricardo Diaz está só apenas no palco. Por trás, recebeu de mãos profissionais o alento necessário para a concretização de um espetáculo que já nasce clássico. A direção e o figurino são de Antônio Januzelli; a iluminação, de Osvaldo Gazotti; a pesquisa de vocábulos regionais é assinada por Joaquim Dias da Silva, o estudo de teatro físico é de Luis Louis e a produção recebe a chancela de Fani Feldman.

 

A Hora e Vez. Teatro Poeirinha – R. São João Batista, 104 – Botafogo, Rio de Janeiro RJ. Tel: 21 2537-8053

28 de fevereiro a 12 de abril – sextas e sábados, às 21 horas, domingos, às 19 horas. Ingressos R$ 60,00 (inteira) e R$ 30,00 (meia). Classificação etária indicativa 16 anos. Duração 55 minutos. Capacidade 60 lugares.

 

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