Segundo Furio Lonza
1 – Instruções a John Howell, do livro Todos os Fogos, o Fogo, de Julio Cortázar.
Na adaptação, a metalinguagem traria a oportunidade de interação com a plateia.
2 – Paulinho Perna Torta, do livro Leão de Chácara, de João Antônio.
Um conto da boca do lixo. Daria um excelente monólogo à la Plínio Marcos.
3 – Sete andares, de Dino Buzzati.
Precursor do realismo mágico, o autor se daria bem no teatro.
4 – Espantalho Habitado de Pássaros, de Campos de Carvalho, da antologia Os Dez Pecados Capitais.
Mais um monólogo. Adaptado e enxugado, conseguiria uma transcendência dramatúrgica inédita nos palcos.
5 – Os Manequins, do livro Lojas de Canela, de Bruno Schulz.
A dramaturgia fica por conta da genialidade do eventual adaptador.
6 – Homicídio Premeditado, do livro Bakakai, de Witold Gombrowicz.
Um falso conto policial, onde a prova de incriminação é colocada na cena após a morte.
7 – O Buraco na Parede, do livro homônimo de Rubem Fonseca.
Provavelmente, outro monólogo, mas o texto é aberto a inúmeras experiências.
8 – Presente para uma Noiva, do livro Contos de Eva Luna, de Isabel Allende.
Espetáculo multidisciplinar & poético, com direito a trapezistas, palhaços, anões, colombinas e bandas de música.
9 – Duas Vezes com Helena, do livro Três Mulheres de três PPPês, de Paulo Emílio Salles Gomes.
Um tema gótico, com sexo, segredos, suspense e tudo que se tem direito.
10 – É Difícil Encontrar um Homem Bom, do livro homônimo de Flannery O´Connor.
A barbárie na sua mais alta dosagem. Sequestro, sangue & crime pra ninguém botar defeito.
Furio Lonza é escritor, dramaturgo, jornalista e editor.