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Portar(ia) Silêncio e A Cobradora

Portar(ia) Silêncio e A Cobradora – Os dois espetáculos paulistanos serão transmitidos em conjunto, em sessões virtuais e gratuitas. Serão ao todo vinte apresentações online, oito delas transmitidas ao vivo a partir de um palco. Os espetáculos foram criados a partir de depoimentos pessoais e técnicas de história oral junto a porteiros de prédios e condomínios da região central da cidade e de cobradoras de ônibus a partir do parque Dom Pedro.

O monólogo Portar(ia) Silêncio une teatro documental e linguagem cinematográfica e parte da experiência de nove porteiros do Nordeste que migraram para São Paulo. O processo de criação do espetáculo partiu de uma pesquisa do artista potiguar Jhoao Junnior sobre a memória nordestina na capital paulistana. Em comum, sua pesquisa reconheceu o olhar colonialista e aristocrático sobre o Nordeste do país, os preconceitos linguísticos e a falta de identificação da cultura local nas dinâmicas impostas pela cidade.

As relações criadas durante o percurso de um ônibus de linha na cidade de São Paulo são o cenário e a inspiração para o espetáculo A Cobradora, da Zózima Trupe. Nele, Maria Alencar encena o cotidiano de uma cobradora, suas histórias e desilusões. A peça começou a ser criada em 2016, quando integrantes da companhia começaram a colher relatos do cotidiano de cobradoras que trabalhavam no Terminal Parque Dom Pedro II. A partir desta residência artística de oito anos da Zózima Trupe foi criada a dramaturgia, por Cláudia Barral, que registrou a poesia das narrativas reais das trabalhadoras do transporte público da cidade de São Paulo.

A Cobradora –  Texto: Cláudia Barral. Direção: Anderson Maurício. Atriz criadora: Maria Rosa.

Portar(ia) Silêncio – Texto, direção e atuação: Jhoao Junnior.

 

14 a 24 de maio – Sextas às segundas-feiras, às 20 horas

28 de maio a 20 de junho – Sextas-feiras e sábados, às 21 horas; Domingos, às 19 horas

Ingressos: Grátis.

Transmissão online no Site:  https://linktr.ee/portariaecobradora

Além das apresentações, serão feitas também oficinas abertas ao público, gratuitas e online, voltada a todos os interessados nas matrizes que formam o espetáculo e também nos métodos de criação teatral, de todas as idades. Elas serão gravadas na plataforma Zoom, para permitir a interação entre os inscritos.

Oficina “A biografia e a autobiografia, o sentido do eu se espelha no outro”. Datas: 18, 20 e 22/5. Terça, quinta e sábado, 14h.

Oficina “A memória social e a consciência de si, narrativas migrantes do Nordeste Brasileiro nas portarias de prédios e nas catracas de ônibus em São Paulo”. Datas: 25, 27 e 29/5. Terça, quinta e sábado, 14h.

Oficina “O documento, a ficção e a memória: linhas de tensão na dramaturgia documental”. Datas: 8, 10 e 12/6. Terça, quinta e sábado, 14h.

Oficina “O lugar de fala, a colonialidade de ‘dar a voz’?” Datas: 1, 3 e 5/6. Terça, quinta e sábado, 14h.

Oficina “O vídeo, a internet e os meios isolados da criação teatral: a estética do ‘reality” Datas: 15, 17 e 19/6. Terça, quinta e sábado, 14h.