Deprecated: Function create_function() is deprecated in /home1/teatro65/public_html/wp-content/plugins/fineglobe-widget/inc/module1.php on line 83

Deprecated: Function create_function() is deprecated in /home1/teatro65/public_html/wp-content/plugins/fineglobe-widget/inc/module2.php on line 136

Deprecated: Function create_function() is deprecated in /home1/teatro65/public_html/wp-content/plugins/fineglobe-widget/inc/module4.php on line 82

Deprecated: Function create_function() is deprecated in /home1/teatro65/public_html/wp-content/plugins/fineglobe-widget/inc/module5-4postformenu.php on line 137

Deprecated: Function create_function() is deprecated in /home1/teatro65/public_html/wp-content/plugins/fineglobe-widget/inc/module9.php on line 120

Deprecated: Function create_function() is deprecated in /home1/teatro65/public_html/wp-content/plugins/fineglobe-widget/inc/module12.php on line 116

Deprecated: Function create_function() is deprecated in /home1/teatro65/public_html/wp-content/plugins/fineglobe-widget/inc/module3.php on line 205

Deprecated: Function create_function() is deprecated in /home1/teatro65/public_html/wp-content/plugins/fineglobe-widget/inc/module14.php on line 171

Deprecated: Function create_function() is deprecated in /home1/teatro65/public_html/wp-content/plugins/fineglobe-widget/inc/module18.php on line 133

Deprecated: Function create_function() is deprecated in /home1/teatro65/public_html/wp-content/plugins/fineglobe-widget/inc/module11.php on line 79

Deprecated: Function create_function() is deprecated in /home1/teatro65/public_html/wp-content/plugins/fineglobe-widget/inc/moduletag.php on line 77

Deprecated: Function create_function() is deprecated in /home1/teatro65/public_html/wp-content/plugins/fineglobe-widget/inc/woo-brand-list.php on line 115

Deprecated: Function create_function() is deprecated in /home1/teatro65/public_html/wp-content/plugins/fineglobe-widget/inc/module-bywoocat.php on line 104

Deprecated: Function create_function() is deprecated in /home1/teatro65/public_html/wp-content/plugins/fineglobe-widget/inc/woo-post-by-cat.php on line 139

Deprecated: Function create_function() is deprecated in /home1/teatro65/public_html/wp-content/plugins/fineglobe-widget/inc/woo-track-order.php on line 52

Deprecated: Function create_function() is deprecated in /home1/teatro65/public_html/wp-content/plugins/fineglobe-widget/inc/woo-sub-cat.php on line 138

Deprecated: Function create_function() is deprecated in /home1/teatro65/public_html/wp-content/plugins/fineglobe-widget/inc/module-event.php on line 170

Deprecated: Function create_function() is deprecated in /home1/teatro65/public_html/wp-content/plugins/fineglobe-widget/inc/module-staff.php on line 170

Deprecated: define(): Declaration of case-insensitive constants is deprecated in /home1/teatro65/public_html/wp-content/plugins/fineglobe-admin/plugin.php on line 112

Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /home1/teatro65/public_html/wp-content/plugins/fineglobe-widget/inc/module1.php:83) in /home1/teatro65/public_html/wp-includes/rest-api/class-wp-rest-server.php on line 1831

Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /home1/teatro65/public_html/wp-content/plugins/fineglobe-widget/inc/module1.php:83) in /home1/teatro65/public_html/wp-includes/rest-api/class-wp-rest-server.php on line 1831

Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /home1/teatro65/public_html/wp-content/plugins/fineglobe-widget/inc/module1.php:83) in /home1/teatro65/public_html/wp-includes/rest-api/class-wp-rest-server.php on line 1831

Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /home1/teatro65/public_html/wp-content/plugins/fineglobe-widget/inc/module1.php:83) in /home1/teatro65/public_html/wp-includes/rest-api/class-wp-rest-server.php on line 1831

Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /home1/teatro65/public_html/wp-content/plugins/fineglobe-widget/inc/module1.php:83) in /home1/teatro65/public_html/wp-includes/rest-api/class-wp-rest-server.php on line 1831

Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /home1/teatro65/public_html/wp-content/plugins/fineglobe-widget/inc/module1.php:83) in /home1/teatro65/public_html/wp-includes/rest-api/class-wp-rest-server.php on line 1831

Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /home1/teatro65/public_html/wp-content/plugins/fineglobe-widget/inc/module1.php:83) in /home1/teatro65/public_html/wp-includes/rest-api/class-wp-rest-server.php on line 1831

Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /home1/teatro65/public_html/wp-content/plugins/fineglobe-widget/inc/module1.php:83) in /home1/teatro65/public_html/wp-includes/rest-api/class-wp-rest-server.php on line 1831
{"id":71331,"date":"2019-07-30T12:47:49","date_gmt":"2019-07-30T15:47:49","guid":{"rendered":"http:\/\/br1012.teste.website\/~beeped34\/beepecriaoc\/teatrohoje\/?p=71331"},"modified":"2022-06-13T08:24:21","modified_gmt":"2022-06-13T11:24:21","slug":"muitos-que-leem-deve-conhecer-carlo-goldoni-pelo-nome","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/teatrohoje.com.br\/2019\/07\/30\/muitos-que-leem-deve-conhecer-carlo-goldoni-pelo-nome\/","title":{"rendered":"Carlo Goldoni, o escritor do teatro"},"content":{"rendered":"

[vc_row][vc_column][vc_single_image image=”71338″ img_size=”full” alignment=”center”][\/vc_column][\/vc_row][vc_row][vc_column][vc_column_text]Muitos que leem devem conhecer Carlo Goldoni pelo nome. Talvez poucos saibam que foi um dos primeiros autores na It\u00e1lia a fazer, de sua arte, uma profiss\u00e3o. Ap\u00f3s um bem-sucedido in\u00edcio amador, o veneziano decidiu abra\u00e7ar o of\u00edcio, largou a advocacia e, aos 40 anos, regressou \u00e0 cidade natal para honrar contrato de dramaturgo com Girolamo Medebach, dono de uma companhia assentada no Teatro Sant\u2019Angelo.<\/p>\n

Em 1750, sua segunda temporada no local, prometeu ao p\u00fablico dezesseis com\u00e9dias in\u00e9ditas e cumpriu; naquela d\u00e9cada, lan\u00e7ou outras trinta pe\u00e7as, passando a ocupar o cobi\u00e7ado Teatro S. Luca, no Canal Grande; estreou suas novidades em Pisa, Floren\u00e7a, Roma; e se mudou para Paris para assumir a dire\u00e7\u00e3o da Com\u00e9die Italienne (1761). Ao mesmo tempo, publicou quatro antologias de pe\u00e7as, cada uma com cerca de dez volumes, de modo que seu nome e obra circularam amplamente nas d\u00e9cadas seguintes. Seus textos foram encenados, traduzidos e plagiados na Europa inteira. \u201cAs vers\u00f5es em franc\u00eas, ingl\u00eas e alem\u00e3o destas com\u00e9dias fazem crer que fiz um trabalho assaz toler\u00e1vel\u201d, remata na carta aos leitores que fecha o volume X da segunda destas antologias (Floren\u00e7a, 1755).<\/p>\n

Ao lan\u00e7ar-se no mercado \u2013 \u00e9 o caso de assim descrever o gesto atrevido de um autor iniciante que desafia o p\u00fablico com tal ritmo de estreias \u2013, Goldoni contou com o car\u00e1ter funambulesco dos comediantes com que convivia e trabalhava e que costumava elogiar pela \u201cadmir\u00e1vel prerrogativa de improvisar\u201d. E contou com o \u201cmudado favor dos espectadores, que escutam com gosto as partes s\u00e9rias e curtem cada palavra\u201d (Teatro c\u00f4mico<\/em>, II, 1081). Durante sua intensa carreira, por meio de ajustes progressivos, contribuiu para mudar a sensibilidade psicol\u00f3gica e po\u00e9tica da classe, sem jamais renegar a arte dos comediantes, pelo contr\u00e1rio, valorizou-a, pois este processo gradual de reforma do gosto coincidia com a fase de institucionaliza\u00e7\u00e3o do mercado teatral italiano. Ao seu nome, contudo, qui\u00e7\u00e1 at\u00e9 na mem\u00f3ria de voc\u00eas, leitores atuais, vem colada uma etiqueta de cr\u00edtico radical, uma esp\u00e9cie de agente abolicionista da commedia dell\u2019arte<\/em> \u2013 defini\u00e7\u00e3o que costuma enquadrar Goldoni em manuais de literatura. Foi ele mesmo que se projetou no papel, quando editou seu percurso de vida em uma \u201cmiss\u00e3o\u201d que fizesse sentido para o p\u00fablico estrangeiro ao qual dirigiu seu \u00faltimo livro, M\u00e9moires<\/em>, um romance autobiogr\u00e1fico escrito em franc\u00eas, aos 81 anos de idade.<\/p>\n

No contexto bibliogr\u00e1fico atualizado pelas publica\u00e7\u00f5es em homenagem ao duplo centen\u00e1rio (bicenten\u00e1rio da morte em 1993 e tricenten\u00e1rio do nascimento em 2007) e preparando o lan\u00e7amento da primeira antologia de pe\u00e7as de Carlo Goldoni no Brasil (Perspectiva, 2021), vale a pena ressaltar o esfor\u00e7o de extinguir qualquer incoer\u00eancia entre a conclamada \u201creforma\u201d do autor e sua ades\u00e3o ao mundo e \u00e0 arte dos comediantes. Seu projeto renovador se deu com os atores e n\u00e3o contra eles: se deu em benef\u00edcio das companhias com as quais compartilhava salas e horas de ensaio, lucros na bilheteria e d\u00edvidas; se deu incorporando as habilidades dos comediantes em uma estrutura mais s\u00f3lida que garantisse mais visibilidade a cada pessoa, sua vida cotidiana, suas rela\u00e7\u00f5es de classe; se deu a favor das colegas atrizes que mereciam mostrar sua habilidade na constru\u00e7\u00e3o de personagens complexas, dotadas de psicologia e n\u00e3o somente de atributos f\u00edsicos. A \u201creforma\u201d \u00e9 um processo gradual que leva em conta as mudadas condi\u00e7\u00f5es de recep\u00e7\u00e3o: a plateia, antes s\u00f3 ocasionalmente atra\u00edda por eventos espetaculares ao ar livre (no p\u00e1tio da igreja, nas cortes dos pal\u00e1cios ou no ch\u00e3o da feira), come\u00e7ou a frequentar teatros fechados, apreciando falas discursivas e at\u00e9 mostrando desejo de rel\u00ea-las.<\/p>\n

 <\/p>\n

A cumplicidade com as atrizes<\/strong><\/p>\n

Tanto que Goldoni dirigia, a um p\u00fablico de espectadores que seriam tamb\u00e9m leitores, antologias de pe\u00e7as como se fossem romances. Certo otimismo cultural, na Veneza republicana da segunda metade do s\u00e9culo XVIII, preenchia as bibliotecas patr\u00edcias de textos rec\u00e9m-publicados e lotava as salas onde se apresentassem companhias novas e propostas inovadoras, n\u00e3o s\u00f3 no \u00e2mbito da com\u00e9dia, como da trag\u00e9dia e do melodrama (Ferrone, 2011, p. 10-15). \u00a0\u00c9 o s\u00e9culo em que mulheres tomam posse dos seus neg\u00f3cios e corpos \u2013 e das cenas. N\u00e3o banalmente, passa pelas atrizes a express\u00e3o de otim\u00edstica cumplicidade de Goldoni com sua \u00e9poca: a vemos nos textos redigidos para ocasi\u00e3o da estreia da pe\u00e7a ou da abertura da temporada e publicados sob o t\u00edtulo gen\u00e9rico de \u201cO autor, aos que leem\u201d nas edi\u00e7\u00f5es curadas e publicadas pelo autor ao longo da d\u00e9cada de 1750, a coincidir com o exerc\u00edcio de sua nova profiss\u00e3o de dramaturgo. Os textos eram ditos no prosc\u00eanio, antes de come\u00e7ar a pe\u00e7a, pela atriz predileta do momento; s\u00e3o sauda\u00e7\u00f5es \u00e0 distinta plateia, visando fideliz\u00e1-la para enfrentar a concorr\u00eancia de um mercado teatral competitivo, dominado pelo gosto fe\u00e9rico e pela secular hegemonia do melodrama. De modo que n\u00e3o surpreende certo tom perempt\u00f3rio, no estilo do manifesto, que anima a escrita.<\/p>\n

Goldoni enceta seu lance inovador, ousadamente, no pr\u00f3prio enredo de Il teatro comico<\/em>, pe\u00e7a de abertura da temporada de 1750 no Teatro Sant\u2019Angelo. Nela, atores da companhia interpretam a si mesmos (com nomes de fantasia) enquanto ensaiam o terceiro ato da nova pe\u00e7a do Poeta, alter ego<\/em> do pr\u00f3prio Goldoni. Performando sua presen\u00e7a real em cena, cada qual defende seus h\u00e1bitos e faz valer as suas habilidades, ora estrelando ora adaptando-se, o tempo todo disputando sobre m\u00e9todo \u2013 \u00e9 melhor usar a m\u00e1scara ou marcar a partitura psicol\u00f3gica? Deve-se decorar a deixa ou improvisar? H\u00e1 de haver m\u00fasica no meio da com\u00e9dia ou n\u00e3o? Algu\u00e9m se diz apavorado (Toninho, I,4: \u201cUm pobre comediante, que fez os seus estudos conforme a Arte, e que se acostumou a falar de improviso, bem ou mal, o que lhe passa pela cabe\u00e7a, tendo necessidade de estudar e de ter que pronunciar o texto premeditado, se ele tiver alguma reputa\u00e7\u00e3o, \u00e9 preciso que pense, \u00e9 preciso que se canse de tanto estudar e que trema a cada vez […] receando n\u00e3o sab\u00ea-la de cor tanto quanto necess\u00e1rio ou n\u00e3o conseguir sustentar a personagem como \u00e9 necess\u00e1rio); algu\u00e9m se diz, pelo contr\u00e1rio, bem mais confort\u00e1vel quando disp\u00f5e de falas escritas e decoradas (Pl\u00e1cida, II,1: \u201cNa maioria das vezes fazemos com\u00e9dias de car\u00e1ter, premeditadas, mas quando acontece de falarmos improvisando, utilizamos o estilo familiar e falamos f\u00e1cil, para n\u00e3o perder credibilidade\u201d). \u00c9 o fazer-se do teatro que est\u00e1 posto em cena, ou melhor exposto aos olhos do espectador, com ineg\u00e1vel amor pelo of\u00edcio.<\/p>\n

Especialmente, s\u00e3o expostas as atrizes as quais, pela primeira vez na hist\u00f3ria do teatro ocidental, pisam em cena no papel de si mesmas. Admitidas nos palcos menos de um s\u00e9culo antes na It\u00e1lia e t\u00e3o somente para cantar e dan\u00e7ar, durante o Carnaval, j\u00e1 no s\u00e9culo XVIII as atrizes brilhavam; algumas, como Isabella Andreini, alcan\u00e7aram papel de capocomica<\/em> e at\u00e9 mesmo de dramaturga. Contudo, em sua exibi\u00e7\u00e3o no palco ainda se percebia algo de impudico, assimil\u00e1vel ao exerc\u00edcio da prostitui\u00e7\u00e3o a que muitas eram de fato obrigadas, segundo sua condi\u00e7\u00e3o, quer para fornecer o guarda-roupa, quer para integrar o escasso sal\u00e1rio. Ser\u00e1 preciso esperar mais um s\u00e9culo para que atrizes encarem a opini\u00e3o p\u00fablica e se emancipem de tais estigmas, como Eleonora Duse que se dava licen\u00e7a de interpretar Mirandolina de meia-cal\u00e7a de seda.<\/p>\n

 <\/p>\n

Literatura & teatro<\/strong><\/p>\n

Na vers\u00e3o que lemos dos pref\u00e1cios, cada proposta de inova\u00e7\u00e3o dramat\u00fargica, entremeada por reiterados apelos ao \u201cleitor car\u00edssimo\u201d, \u00e9 justificada por Goldoni com detalhes de sua cria\u00e7\u00e3o e modos de encena\u00e7\u00e3o: motiva\u00e7\u00f5es por vezes muito t\u00e9cnicas, que parecem estar interpelando um p\u00fablico de especialistas. Mesmo na vers\u00e3o publicada, estes materiais s\u00e3o apresentados em fun\u00e7\u00e3o do teatro: toda a po\u00e9tica do autor parece derivar de sua experi\u00eancia pr\u00e1tica como (digamos, com palavra anacronicamente aplicada) encenador. \u00c9 um manual de playwriting<\/em>, no qual Goldoni se d\u00e1 a tarefa de superar a diverg\u00eancia entre literatura e espet\u00e1culo, trazendo os fatores constitutivos da cena para dentro da escrita; algo que nem os comediantes, embora muitas vezes autores de textos (como \u00e9 o caso da citada Isabella Andreini e de Flaminio Scala, Silvio Fiorillo, Nicol\u00f2 Barbieri) fizeram; nem evidentemente os literatos saberiam fazer.<\/p>\n

Temos assim, na sequ\u00eancia dos pref\u00e1cios, o registro de um processo art\u00edstico lento e gradual de \u201creforma\u201d que Goldoni operou no teatro de sua \u00e9poca. A dramaturgia comporta as revolu\u00e7\u00f5es criativas que ocorrem em cena; nenhuma ideia preconcebida guia as decis\u00f5es art\u00edsticas daquele advogado de honrada carreira, pronto a recome\u00e7ar do zero no palco, como aprendiz da arte, tomando para si aquela prec\u00e1ria posi\u00e7\u00e3o de autor\/encenador. Tratava-se de emancipar a escrita c\u00eanica das pr\u00e1ticas do improviso, passando a redigir falas articuladas para cada int\u00e9rprete de modo a melhor aproveitar o talento individual em um efeito coral capaz de dar conta da polifonia do mundo real. Goldoni nomeia tal realidade de Mundo, no qual o Teatro se espelha e mede.<\/p>\n

Tratava-se, ele entendeu, de subtrair o riso ao \u00e2mbito dos truques histri\u00f4nicos, entregues \u00e0s conting\u00eancias e ao estro da noite, e constru\u00ed-lo como efeito concertato<\/em>, ou seja, acordado e previamente marcado.[1]<\/a> \u201cEu n\u00e3o digo (explica nas M\u00e9moires<\/em>, I, 631) que fosse preciso exilar as m\u00e1scaras nem espoliar a It\u00e1lia das com\u00e9dias improvisadas que s\u00e3o coisa honrada e maravilhosa destacando a arg\u00facia de nossos atores entre todas as na\u00e7\u00f5es\u201d. Mas, sim, \u201crequalificar o riso, com ajuda de gestos e da intelig\u00eancia do exato tempo c\u00f4mico e do tom da voz, algo que n\u00e3o h\u00e1 como registrar na escrita; escrever de modo que aquele que l\u00ea consiga aproveitar da ocasi\u00e3o predisposta pelo autor ou improvisada com arte pelos atores, para mover o riso naquela conting\u00eancia\u201d (II, 523).<\/p>\n

Nesta tr\u00edplice atividade de dramaturgo\/encenador\/teatr\u00f3logo, Goldoni lembra Bertolt Brecht que, ao par, escreveu pe\u00e7as a partir de seus des\u00edgnios te\u00f3ricos e de sua paix\u00e3o de espectador, acompanhando as inven\u00e7\u00f5es dram\u00e1ticas pr\u00f3prias e alheias por reflex\u00f5es cr\u00edticas (nos Di\u00e1rios de trabalho<\/em>) onde embasa sua teoria teatral em uma an\u00e1lise cotidiana das condi\u00e7\u00f5es reais de produ\u00e7\u00e3o, ou seja, das estruturas sociais nas quais a produ\u00e7\u00e3o teatral \u00e9 inserida. Editadas, as pe\u00e7as n\u00e3o ganham uma forma final autorizada pelo autor, mas, pelo contr\u00e1rio, a sobrevida necess\u00e1ria para que, mais adiante, sejam traduzidas e adaptadas a outros contextos (tanto que o pr\u00f3prio as republica em diversas vers\u00f5es, operando variantes). Nos volumes editados, as dedicat\u00f3rias das pe\u00e7as s\u00e3o dirigidas com muito cuidado a potenciais mecenas ou divulgadores da obra para al\u00e9m do restrito p\u00fablico que as assiste, mirando abranger uma plateia de leitores que, gradualmente, de nacional se torna internacional.<\/p>\n

Confirmando tal alcance e \u00e0 prova do mais amplo favor do p\u00fablico, assim obtido, as sucessivas convoca\u00e7\u00f5es ao autor para que abandonasse Veneza, antes para Roma e, finalmente, para Paris.<\/p>\n

[1]<\/a> A palavra deriva da terminologia dos g\u00eaneros l\u00edricos, onde descreve a articula\u00e7\u00e3o de todas as vozes e instrumentos na partitura do maestro<\/em>.[\/vc_column_text][\/vc_column][\/vc_row]<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

[vc_row][vc_column][vc_single_image image=”71338″ img_size=”full” alignment=”center”][\/vc_column][\/vc_row][vc_row][vc_column][vc_column_text]Muitos que leem devem conhecer Carlo Goldoni pelo nome. Talvez poucos saibam que foi um dos primeiros autores na It\u00e1lia a fazer, de sua arte, uma profiss\u00e3o. Ap\u00f3s um bem-sucedido in\u00edcio amador, o veneziano decidiu abra\u00e7ar o of\u00edcio, largou a advocacia e, aos 40 anos, regressou \u00e0 cidade natal para honrar contrato de dramaturgo com Girolamo Medebach, dono de uma companhia assentada no Teatro Sant\u2019Angelo. Em 1750, sua segunda temporada no local, prometeu ao p\u00fablico dezesseis com\u00e9dias in\u00e9ditas e cumpriu; naquela d\u00e9cada, lan\u00e7ou outras trinta pe\u00e7as, passando a ocupar o cobi\u00e7ado Teatro S. Luca, no Canal Grande; estreou suas novidades em Pisa, Floren\u00e7a, Roma; e se mudou para Paris para assumir a dire\u00e7\u00e3o da Com\u00e9die Italienne (1761). Ao mesmo tempo, publicou quatro antologias de pe\u00e7as, cada uma com cerca de dez volumes, de modo que seu nome e obra circularam amplamente nas d\u00e9cadas seguintes. Seus textos foram encenados, traduzidos e plagiados na Europa inteira. \u201cAs vers\u00f5es em franc\u00eas, ingl\u00eas e alem\u00e3o destas com\u00e9dias fazem crer que fiz um trabalho assaz toler\u00e1vel\u201d, remata na carta aos leitores que fecha o volume X da segunda destas antologias (Floren\u00e7a, 1755). Ao lan\u00e7ar-se no mercado \u2013 \u00e9 o caso de assim descrever o gesto atrevido de um autor iniciante que desafia o p\u00fablico com tal ritmo de estreias \u2013, Goldoni contou com o car\u00e1ter funambulesco dos comediantes com que convivia e trabalhava e que costumava elogiar pela \u201cadmir\u00e1vel prerrogativa de improvisar\u201d. E contou com o \u201cmudado favor dos espectadores, que escutam com gosto as partes s\u00e9rias e curtem cada palavra\u201d (Teatro c\u00f4mico, II, 1081). Durante sua intensa carreira, por meio de ajustes progressivos, contribuiu para mudar a sensibilidade psicol\u00f3gica e po\u00e9tica da classe, sem jamais renegar a arte dos comediantes, pelo contr\u00e1rio, valorizou-a, pois este processo gradual de reforma do gosto coincidia com a fase de institucionaliza\u00e7\u00e3o do mercado teatral italiano. Ao seu nome, contudo, qui\u00e7\u00e1 at\u00e9 na mem\u00f3ria de voc\u00eas, leitores atuais, vem colada uma etiqueta de cr\u00edtico radical, uma esp\u00e9cie de agente abolicionista da commedia dell\u2019arte \u2013 defini\u00e7\u00e3o que costuma enquadrar Goldoni em manuais de literatura. Foi ele mesmo que se projetou no papel, quando editou seu percurso de vida em uma \u201cmiss\u00e3o\u201d que fizesse sentido para o p\u00fablico estrangeiro ao qual dirigiu seu \u00faltimo livro, M\u00e9moires, um romance autobiogr\u00e1fico escrito em franc\u00eas, aos 81 anos de idade. No contexto bibliogr\u00e1fico atualizado pelas publica\u00e7\u00f5es em homenagem ao duplo centen\u00e1rio (bicenten\u00e1rio da morte em 1993 e tricenten\u00e1rio do nascimento em 2007) e preparando o lan\u00e7amento da primeira antologia de pe\u00e7as de Carlo Goldoni no Brasil (Perspectiva, 2021), vale a pena ressaltar o esfor\u00e7o de extinguir qualquer incoer\u00eancia entre a conclamada \u201creforma\u201d do autor e sua ades\u00e3o ao mundo e \u00e0 arte dos comediantes. Seu projeto renovador se deu com os atores e n\u00e3o contra eles: se deu em benef\u00edcio das companhias com as quais compartilhava salas e horas de ensaio, lucros na bilheteria e d\u00edvidas; se deu incorporando as habilidades dos comediantes em uma estrutura mais s\u00f3lida que garantisse mais visibilidade a cada pessoa, sua vida cotidiana, suas rela\u00e7\u00f5es de classe; se deu a favor das colegas atrizes que mereciam mostrar sua habilidade na constru\u00e7\u00e3o de personagens complexas, dotadas de psicologia e n\u00e3o somente de atributos f\u00edsicos. A \u201creforma\u201d \u00e9 um processo gradual que leva em conta as mudadas condi\u00e7\u00f5es de recep\u00e7\u00e3o: a plateia, antes s\u00f3 ocasionalmente atra\u00edda por eventos espetaculares ao ar livre (no p\u00e1tio da igreja, nas cortes dos pal\u00e1cios ou no ch\u00e3o da feira), come\u00e7ou a frequentar teatros fechados, apreciando falas discursivas e at\u00e9 mostrando desejo de rel\u00ea-las.   A cumplicidade com as atrizes Tanto que Goldoni dirigia, a um p\u00fablico de espectadores que seriam tamb\u00e9m leitores, antologias de pe\u00e7as como se fossem romances. Certo otimismo cultural, na Veneza republicana da segunda metade do s\u00e9culo XVIII, preenchia as bibliotecas patr\u00edcias de textos rec\u00e9m-publicados e lotava as salas onde se apresentassem companhias novas e propostas inovadoras, n\u00e3o s\u00f3 no \u00e2mbito da com\u00e9dia, como da trag\u00e9dia e do melodrama (Ferrone, 2011, p. 10-15). \u00a0\u00c9 o s\u00e9culo em que mulheres tomam posse dos seus neg\u00f3cios e corpos \u2013 e das cenas. N\u00e3o banalmente, passa pelas atrizes a express\u00e3o de otim\u00edstica cumplicidade de Goldoni com sua \u00e9poca: a vemos nos textos redigidos para ocasi\u00e3o da estreia da pe\u00e7a ou da abertura da temporada e publicados sob o t\u00edtulo gen\u00e9rico de \u201cO autor, aos que leem\u201d nas edi\u00e7\u00f5es curadas e publicadas pelo autor ao longo da d\u00e9cada de 1750, a coincidir com o exerc\u00edcio de sua nova profiss\u00e3o de dramaturgo. Os textos eram ditos no prosc\u00eanio, antes de come\u00e7ar a pe\u00e7a, pela atriz predileta do momento; s\u00e3o sauda\u00e7\u00f5es \u00e0 distinta plateia, visando fideliz\u00e1-la para enfrentar a concorr\u00eancia de um mercado teatral competitivo, dominado pelo gosto fe\u00e9rico e pela secular hegemonia do melodrama. De modo que n\u00e3o surpreende certo tom perempt\u00f3rio, no estilo do manifesto, que anima a escrita. Goldoni enceta seu lance inovador, ousadamente, no pr\u00f3prio enredo de Il teatro comico, pe\u00e7a de abertura da temporada de 1750 no Teatro Sant\u2019Angelo. Nela, atores da companhia interpretam a si mesmos (com nomes de fantasia) enquanto ensaiam o terceiro ato da nova pe\u00e7a do Poeta, alter ego do pr\u00f3prio Goldoni. Performando sua presen\u00e7a real em cena, cada qual defende seus h\u00e1bitos e faz valer as suas habilidades, ora estrelando ora adaptando-se, o tempo todo disputando sobre m\u00e9todo \u2013 \u00e9 melhor usar a m\u00e1scara ou marcar a partitura psicol\u00f3gica? Deve-se decorar a deixa ou improvisar? H\u00e1 de haver m\u00fasica no meio da com\u00e9dia ou n\u00e3o? Algu\u00e9m se diz apavorado (Toninho, I,4: \u201cUm pobre comediante, que fez os seus estudos conforme a Arte, e que se acostumou a falar de improviso, bem ou mal, o que lhe passa pela cabe\u00e7a, tendo necessidade de estudar e de ter que pronunciar o texto premeditado, se ele tiver alguma reputa\u00e7\u00e3o, \u00e9 preciso que pense, \u00e9 preciso que se canse de tanto estudar e que trema a cada vez […] receando n\u00e3o sab\u00ea-la de cor tanto quanto necess\u00e1rio ou n\u00e3o conseguir sustentar a personagem como \u00e9 necess\u00e1rio); algu\u00e9m se diz, pelo contr\u00e1rio, bem mais confort\u00e1vel quando disp\u00f5e de falas escritas e decoradas (Pl\u00e1cida, II,1: \u201cNa maioria das vezes fazemos com\u00e9dias de car\u00e1ter, premeditadas, mas quando acontece de falarmos improvisando, utilizamos o estilo familiar e falamos f\u00e1cil, para n\u00e3o perder credibilidade\u201d). \u00c9 o fazer-se do teatro que est\u00e1 posto em cena, ou melhor exposto aos olhos do espectador, com ineg\u00e1vel amor pelo of\u00edcio. Especialmente, s\u00e3o expostas as atrizes as quais, pela primeira vez na hist\u00f3ria do teatro ocidental, pisam em cena no papel de si mesmas. Admitidas nos palcos menos de um s\u00e9culo antes na It\u00e1lia e t\u00e3o somente para cantar e dan\u00e7ar, durante o Carnaval, j\u00e1 no s\u00e9culo XVIII as atrizes brilhavam; algumas, como Isabella Andreini, alcan\u00e7aram papel de capocomica e at\u00e9 mesmo de dramaturga. Contudo, em sua exibi\u00e7\u00e3o no palco ainda se percebia algo de impudico, assimil\u00e1vel ao exerc\u00edcio da prostitui\u00e7\u00e3o a que muitas eram de fato obrigadas, segundo sua condi\u00e7\u00e3o, quer para fornecer o guarda-roupa, quer para integrar o escasso sal\u00e1rio. Ser\u00e1 preciso esperar mais um s\u00e9culo para que atrizes encarem a opini\u00e3o p\u00fablica e se emancipem de tais estigmas, como Eleonora Duse que se dava licen\u00e7a de interpretar Mirandolina de meia-cal\u00e7a de seda.   Literatura & teatro Na vers\u00e3o que lemos dos pref\u00e1cios, cada proposta de inova\u00e7\u00e3o dramat\u00fargica, entremeada por reiterados apelos ao \u201cleitor car\u00edssimo\u201d, \u00e9 justificada por Goldoni com detalhes de sua cria\u00e7\u00e3o e modos de encena\u00e7\u00e3o: motiva\u00e7\u00f5es por vezes muito t\u00e9cnicas, que parecem estar interpelando um p\u00fablico de especialistas. Mesmo na vers\u00e3o publicada, estes materiais s\u00e3o apresentados em fun\u00e7\u00e3o do teatro: toda a po\u00e9tica do autor parece derivar de sua experi\u00eancia pr\u00e1tica como (digamos, com palavra anacronicamente aplicada) encenador. \u00c9 um manual de playwriting, no qual Goldoni se d\u00e1 a tarefa de superar a diverg\u00eancia entre literatura e espet\u00e1culo, trazendo os fatores constitutivos da cena para dentro da escrita; algo que nem os comediantes, embora muitas vezes autores de textos (como \u00e9 o caso da citada Isabella Andreini e de Flaminio Scala, Silvio Fiorillo, Nicol\u00f2 Barbieri) fizeram; nem evidentemente os literatos saberiam fazer. Temos assim, na sequ\u00eancia dos pref\u00e1cios, o registro de um processo art\u00edstico lento e gradual de \u201creforma\u201d que Goldoni operou no teatro de sua \u00e9poca. A dramaturgia comporta as revolu\u00e7\u00f5es criativas que ocorrem em cena; nenhuma ideia preconcebida guia as decis\u00f5es art\u00edsticas daquele advogado de honrada carreira, pronto a recome\u00e7ar do zero no palco, como aprendiz da arte, tomando para si aquela prec\u00e1ria posi\u00e7\u00e3o de autor\/encenador. Tratava-se de emancipar a escrita c\u00eanica das pr\u00e1ticas do improviso, passando a redigir falas articuladas para cada int\u00e9rprete de modo a melhor aproveitar o talento individual em um efeito coral capaz de dar conta da polifonia do mundo real. Goldoni nomeia tal realidade de Mundo, no qual o Teatro se espelha e mede. Tratava-se, ele entendeu, de subtrair o riso ao \u00e2mbito dos truques histri\u00f4nicos, entregues \u00e0s conting\u00eancias e ao estro da noite, e constru\u00ed-lo como efeito concertato, ou seja, acordado e previamente marcado.[1] \u201cEu n\u00e3o digo (explica nas M\u00e9moires, I, 631) que fosse preciso exilar as m\u00e1scaras nem espoliar a It\u00e1lia das com\u00e9dias improvisadas que s\u00e3o coisa honrada e maravilhosa destacando a arg\u00facia de nossos atores entre todas as na\u00e7\u00f5es\u201d. Mas, sim, \u201crequalificar o riso, com ajuda de gestos e da intelig\u00eancia do exato tempo c\u00f4mico e do tom da voz, algo que n\u00e3o h\u00e1 como registrar na escrita; escrever de modo que aquele que l\u00ea consiga aproveitar da ocasi\u00e3o predisposta pelo autor ou improvisada com arte pelos atores, para mover o riso naquela conting\u00eancia\u201d (II, 523). Nesta tr\u00edplice atividade de dramaturgo\/encenador\/teatr\u00f3logo, Goldoni lembra Bertolt Brecht que, ao par, escreveu pe\u00e7as a partir de seus des\u00edgnios te\u00f3ricos e de sua paix\u00e3o de espectador, acompanhando as inven\u00e7\u00f5es dram\u00e1ticas pr\u00f3prias e alheias por reflex\u00f5es cr\u00edticas (nos Di\u00e1rios de trabalho) onde embasa sua teoria teatral em uma an\u00e1lise cotidiana das condi\u00e7\u00f5es reais de produ\u00e7\u00e3o, ou seja, das estruturas sociais nas quais a produ\u00e7\u00e3o teatral \u00e9 inserida. Editadas, as pe\u00e7as n\u00e3o ganham uma forma final autorizada pelo autor, mas, pelo contr\u00e1rio, a sobrevida necess\u00e1ria para que, mais adiante, sejam traduzidas e adaptadas a outros contextos (tanto que o pr\u00f3prio as republica em diversas vers\u00f5es, operando variantes). Nos volumes editados, as dedicat\u00f3rias das pe\u00e7as s\u00e3o dirigidas com muito cuidado a potenciais mecenas ou divulgadores da obra para al\u00e9m do restrito p\u00fablico que as assiste, mirando abranger uma plateia de leitores que, gradualmente, de nacional se torna internacional. Confirmando tal alcance e \u00e0 prova do mais amplo favor do p\u00fablico, assim obtido, as sucessivas convoca\u00e7\u00f5es ao autor para que abandonasse Veneza, antes para Roma e, finalmente, para Paris. [1] A palavra deriva da terminologia dos g\u00eaneros l\u00edricos, onde descreve a articula\u00e7\u00e3o de todas as vozes e instrumentos na partitura do maestro.[\/vc_column_text][\/vc_column][\/vc_row]<\/p>\n","protected":false},"author":23,"featured_media":86162,"comment_status":"closed","ping_status":"open","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"_acf_changed":false,"footnotes":""},"categories":[635],"tags":[],"acf":[],"yoast_head":"\nCarlo Goldoni, o escritor do teatro - Teatro Hoje<\/title>\n<meta name=\"description\" content=\"Muitos que leem devem conhecer Carlo Goldoni pelo nome. Talvez poucos saibam que foi um dos primeiros autores na It\u00e1lia a fazer, de sua arte, uma profiss\u00e3o.\" \/>\n<meta name=\"robots\" content=\"index, follow, max-snippet:-1, max-image-preview:large, max-video-preview:-1\" \/>\n<link rel=\"canonical\" href=\"https:\/\/teatrohoje.com.br\/2019\/07\/30\/muitos-que-leem-deve-conhecer-carlo-goldoni-pelo-nome\/\" \/>\n<meta property=\"og:locale\" content=\"pt_BR\" \/>\n<meta property=\"og:type\" content=\"article\" \/>\n<meta property=\"og:title\" content=\"Carlo Goldoni, o escritor do teatro - Teatro Hoje\" \/>\n<meta property=\"og:description\" content=\"Muitos que leem devem conhecer Carlo Goldoni pelo nome. Talvez poucos saibam que foi um dos primeiros autores na It\u00e1lia a fazer, de sua arte, uma profiss\u00e3o.\" \/>\n<meta property=\"og:url\" content=\"https:\/\/teatrohoje.com.br\/2019\/07\/30\/muitos-que-leem-deve-conhecer-carlo-goldoni-pelo-nome\/\" \/>\n<meta property=\"og:site_name\" content=\"Teatro Hoje\" \/>\n<meta property=\"article:publisher\" content=\"https:\/\/www.facebook.com\/TeatroHoje\/\" \/>\n<meta property=\"article:published_time\" content=\"2019-07-30T15:47:49+00:00\" \/>\n<meta property=\"article:modified_time\" content=\"2022-06-13T11:24:21+00:00\" \/>\n<meta property=\"og:image\" content=\"https:\/\/teatrohoje.com.br\/wp-content\/uploads\/2019\/07\/800px-Alessandro_Longhi_-_Ritratto_di_Carlo_Goldoni_c_1757_Ca_Goldoni_Venezia.jpg\" \/>\n\t<meta property=\"og:image:width\" content=\"800\" \/>\n\t<meta property=\"og:image:height\" content=\"923\" \/>\n\t<meta property=\"og:image:type\" content=\"image\/jpeg\" \/>\n<meta name=\"author\" content=\"Alessandra Vannucci\" \/>\n<meta name=\"twitter:card\" content=\"summary_large_image\" \/>\n<meta name=\"twitter:label1\" content=\"Escrito por\" \/>\n\t<meta name=\"twitter:data1\" content=\"Alessandra Vannucci\" \/>\n\t<meta name=\"twitter:label2\" content=\"Est. tempo de leitura\" \/>\n\t<meta name=\"twitter:data2\" content=\"10 minutos\" \/>\n<script type=\"application\/ld+json\" class=\"yoast-schema-graph\">{\"@context\":\"https:\/\/schema.org\",\"@graph\":[{\"@type\":\"WebPage\",\"@id\":\"https:\/\/teatrohoje.com.br\/2019\/07\/30\/muitos-que-leem-deve-conhecer-carlo-goldoni-pelo-nome\/\",\"url\":\"https:\/\/teatrohoje.com.br\/2019\/07\/30\/muitos-que-leem-deve-conhecer-carlo-goldoni-pelo-nome\/\",\"name\":\"Carlo Goldoni, o escritor do teatro - Teatro Hoje\",\"isPartOf\":{\"@id\":\"https:\/\/teatrohoje.com.br\/#website\"},\"primaryImageOfPage\":{\"@id\":\"https:\/\/teatrohoje.com.br\/2019\/07\/30\/muitos-que-leem-deve-conhecer-carlo-goldoni-pelo-nome\/#primaryimage\"},\"image\":{\"@id\":\"https:\/\/teatrohoje.com.br\/2019\/07\/30\/muitos-que-leem-deve-conhecer-carlo-goldoni-pelo-nome\/#primaryimage\"},\"thumbnailUrl\":\"https:\/\/teatrohoje.com.br\/wp-content\/uploads\/2019\/07\/800px-Alessandro_Longhi_-_Ritratto_di_Carlo_Goldoni_c_1757_Ca_Goldoni_Venezia.jpg\",\"datePublished\":\"2019-07-30T15:47:49+00:00\",\"dateModified\":\"2022-06-13T11:24:21+00:00\",\"author\":{\"@id\":\"https:\/\/teatrohoje.com.br\/#\/schema\/person\/37cf9d45b0086656d60696d474829464\"},\"description\":\"Muitos que leem devem conhecer Carlo Goldoni pelo nome. Talvez poucos saibam que foi um dos primeiros autores na It\u00e1lia a fazer, de sua arte, uma profiss\u00e3o.\",\"breadcrumb\":{\"@id\":\"https:\/\/teatrohoje.com.br\/2019\/07\/30\/muitos-que-leem-deve-conhecer-carlo-goldoni-pelo-nome\/#breadcrumb\"},\"inLanguage\":\"pt-BR\",\"potentialAction\":[{\"@type\":\"ReadAction\",\"target\":[\"https:\/\/teatrohoje.com.br\/2019\/07\/30\/muitos-que-leem-deve-conhecer-carlo-goldoni-pelo-nome\/\"]}]},{\"@type\":\"ImageObject\",\"inLanguage\":\"pt-BR\",\"@id\":\"https:\/\/teatrohoje.com.br\/2019\/07\/30\/muitos-que-leem-deve-conhecer-carlo-goldoni-pelo-nome\/#primaryimage\",\"url\":\"https:\/\/teatrohoje.com.br\/wp-content\/uploads\/2019\/07\/800px-Alessandro_Longhi_-_Ritratto_di_Carlo_Goldoni_c_1757_Ca_Goldoni_Venezia.jpg\",\"contentUrl\":\"https:\/\/teatrohoje.com.br\/wp-content\/uploads\/2019\/07\/800px-Alessandro_Longhi_-_Ritratto_di_Carlo_Goldoni_c_1757_Ca_Goldoni_Venezia.jpg\",\"width\":800,\"height\":923,\"caption\":\"Alessandro Longhi - Ritratto di Carlo Goldoni (c 1757) Ca Goldoni Venezia\"},{\"@type\":\"BreadcrumbList\",\"@id\":\"https:\/\/teatrohoje.com.br\/2019\/07\/30\/muitos-que-leem-deve-conhecer-carlo-goldoni-pelo-nome\/#breadcrumb\",\"itemListElement\":[{\"@type\":\"ListItem\",\"position\":1,\"name\":\"In\u00edcio\",\"item\":\"https:\/\/teatrohoje.com.br\/\"},{\"@type\":\"ListItem\",\"position\":2,\"name\":\"Carlo Goldoni, o escritor do teatro\"}]},{\"@type\":\"WebSite\",\"@id\":\"https:\/\/teatrohoje.com.br\/#website\",\"url\":\"https:\/\/teatrohoje.com.br\/\",\"name\":\"Teatro Hoje\",\"description\":\"Revista digital de Artes C\u00eanicas\",\"potentialAction\":[{\"@type\":\"SearchAction\",\"target\":{\"@type\":\"EntryPoint\",\"urlTemplate\":\"https:\/\/teatrohoje.com.br\/?s={search_term_string}\"},\"query-input\":\"required name=search_term_string\"}],\"inLanguage\":\"pt-BR\"},{\"@type\":\"Person\",\"@id\":\"https:\/\/teatrohoje.com.br\/#\/schema\/person\/37cf9d45b0086656d60696d474829464\",\"name\":\"Alessandra Vannucci\",\"image\":{\"@type\":\"ImageObject\",\"inLanguage\":\"pt-BR\",\"@id\":\"https:\/\/teatrohoje.com.br\/#\/schema\/person\/image\/\",\"url\":\"https:\/\/teatrohoje.com.br\/wp-content\/uploads\/2019\/07\/Alessandra-VannucciImgDest-1-96x96.jpg\",\"contentUrl\":\"https:\/\/teatrohoje.com.br\/wp-content\/uploads\/2019\/07\/Alessandra-VannucciImgDest-1-96x96.jpg\",\"caption\":\"Alessandra Vannucci\"},\"description\":\"Alessandra Vannucci, PhD, diretora e dramaturga, professora e Diretora de Extens\u00e3o (ECO\/UFRJ), pesquisadora (CNPq)\",\"url\":\"https:\/\/teatrohoje.com.br\/profile\/alessandra\/\"}]}<\/script>\n<!-- \/ Yoast SEO plugin. -->","yoast_head_json":{"title":"Carlo Goldoni, o escritor do teatro - Teatro Hoje","description":"Muitos que leem devem conhecer Carlo Goldoni pelo nome. Talvez poucos saibam que foi um dos primeiros autores na It\u00e1lia a fazer, de sua arte, uma profiss\u00e3o.","robots":{"index":"index","follow":"follow","max-snippet":"max-snippet:-1","max-image-preview":"max-image-preview:large","max-video-preview":"max-video-preview:-1"},"canonical":"https:\/\/teatrohoje.com.br\/2019\/07\/30\/muitos-que-leem-deve-conhecer-carlo-goldoni-pelo-nome\/","og_locale":"pt_BR","og_type":"article","og_title":"Carlo Goldoni, o escritor do teatro - Teatro Hoje","og_description":"Muitos que leem devem conhecer Carlo Goldoni pelo nome. Talvez poucos saibam que foi um dos primeiros autores na It\u00e1lia a fazer, de sua arte, uma profiss\u00e3o.","og_url":"https:\/\/teatrohoje.com.br\/2019\/07\/30\/muitos-que-leem-deve-conhecer-carlo-goldoni-pelo-nome\/","og_site_name":"Teatro Hoje","article_publisher":"https:\/\/www.facebook.com\/TeatroHoje\/","article_published_time":"2019-07-30T15:47:49+00:00","article_modified_time":"2022-06-13T11:24:21+00:00","og_image":[{"width":800,"height":923,"url":"https:\/\/teatrohoje.com.br\/wp-content\/uploads\/2019\/07\/800px-Alessandro_Longhi_-_Ritratto_di_Carlo_Goldoni_c_1757_Ca_Goldoni_Venezia.jpg","type":"image\/jpeg"}],"author":"Alessandra Vannucci","twitter_card":"summary_large_image","twitter_misc":{"Escrito por":"Alessandra Vannucci","Est. tempo de leitura":"10 minutos"},"schema":{"@context":"https:\/\/schema.org","@graph":[{"@type":"WebPage","@id":"https:\/\/teatrohoje.com.br\/2019\/07\/30\/muitos-que-leem-deve-conhecer-carlo-goldoni-pelo-nome\/","url":"https:\/\/teatrohoje.com.br\/2019\/07\/30\/muitos-que-leem-deve-conhecer-carlo-goldoni-pelo-nome\/","name":"Carlo Goldoni, o escritor do teatro - Teatro Hoje","isPartOf":{"@id":"https:\/\/teatrohoje.com.br\/#website"},"primaryImageOfPage":{"@id":"https:\/\/teatrohoje.com.br\/2019\/07\/30\/muitos-que-leem-deve-conhecer-carlo-goldoni-pelo-nome\/#primaryimage"},"image":{"@id":"https:\/\/teatrohoje.com.br\/2019\/07\/30\/muitos-que-leem-deve-conhecer-carlo-goldoni-pelo-nome\/#primaryimage"},"thumbnailUrl":"https:\/\/teatrohoje.com.br\/wp-content\/uploads\/2019\/07\/800px-Alessandro_Longhi_-_Ritratto_di_Carlo_Goldoni_c_1757_Ca_Goldoni_Venezia.jpg","datePublished":"2019-07-30T15:47:49+00:00","dateModified":"2022-06-13T11:24:21+00:00","author":{"@id":"https:\/\/teatrohoje.com.br\/#\/schema\/person\/37cf9d45b0086656d60696d474829464"},"description":"Muitos que leem devem conhecer Carlo Goldoni pelo nome. Talvez poucos saibam que foi um dos primeiros autores na It\u00e1lia a fazer, de sua arte, uma profiss\u00e3o.","breadcrumb":{"@id":"https:\/\/teatrohoje.com.br\/2019\/07\/30\/muitos-que-leem-deve-conhecer-carlo-goldoni-pelo-nome\/#breadcrumb"},"inLanguage":"pt-BR","potentialAction":[{"@type":"ReadAction","target":["https:\/\/teatrohoje.com.br\/2019\/07\/30\/muitos-que-leem-deve-conhecer-carlo-goldoni-pelo-nome\/"]}]},{"@type":"ImageObject","inLanguage":"pt-BR","@id":"https:\/\/teatrohoje.com.br\/2019\/07\/30\/muitos-que-leem-deve-conhecer-carlo-goldoni-pelo-nome\/#primaryimage","url":"https:\/\/teatrohoje.com.br\/wp-content\/uploads\/2019\/07\/800px-Alessandro_Longhi_-_Ritratto_di_Carlo_Goldoni_c_1757_Ca_Goldoni_Venezia.jpg","contentUrl":"https:\/\/teatrohoje.com.br\/wp-content\/uploads\/2019\/07\/800px-Alessandro_Longhi_-_Ritratto_di_Carlo_Goldoni_c_1757_Ca_Goldoni_Venezia.jpg","width":800,"height":923,"caption":"Alessandro Longhi - Ritratto di Carlo Goldoni (c 1757) Ca Goldoni Venezia"},{"@type":"BreadcrumbList","@id":"https:\/\/teatrohoje.com.br\/2019\/07\/30\/muitos-que-leem-deve-conhecer-carlo-goldoni-pelo-nome\/#breadcrumb","itemListElement":[{"@type":"ListItem","position":1,"name":"In\u00edcio","item":"https:\/\/teatrohoje.com.br\/"},{"@type":"ListItem","position":2,"name":"Carlo Goldoni, o escritor do teatro"}]},{"@type":"WebSite","@id":"https:\/\/teatrohoje.com.br\/#website","url":"https:\/\/teatrohoje.com.br\/","name":"Teatro Hoje","description":"Revista digital de Artes C\u00eanicas","potentialAction":[{"@type":"SearchAction","target":{"@type":"EntryPoint","urlTemplate":"https:\/\/teatrohoje.com.br\/?s={search_term_string}"},"query-input":"required name=search_term_string"}],"inLanguage":"pt-BR"},{"@type":"Person","@id":"https:\/\/teatrohoje.com.br\/#\/schema\/person\/37cf9d45b0086656d60696d474829464","name":"Alessandra Vannucci","image":{"@type":"ImageObject","inLanguage":"pt-BR","@id":"https:\/\/teatrohoje.com.br\/#\/schema\/person\/image\/","url":"https:\/\/teatrohoje.com.br\/wp-content\/uploads\/2019\/07\/Alessandra-VannucciImgDest-1-96x96.jpg","contentUrl":"https:\/\/teatrohoje.com.br\/wp-content\/uploads\/2019\/07\/Alessandra-VannucciImgDest-1-96x96.jpg","caption":"Alessandra Vannucci"},"description":"Alessandra Vannucci, PhD, diretora e dramaturga, professora e Diretora de Extens\u00e3o (ECO\/UFRJ), pesquisadora (CNPq)","url":"https:\/\/teatrohoje.com.br\/profile\/alessandra\/"}]}},"_links":{"self":[{"href":"https:\/\/teatrohoje.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/71331"}],"collection":[{"href":"https:\/\/teatrohoje.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/teatrohoje.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/teatrohoje.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/users\/23"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/teatrohoje.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=71331"}],"version-history":[{"count":5,"href":"https:\/\/teatrohoje.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/71331\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":71426,"href":"https:\/\/teatrohoje.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/71331\/revisions\/71426"}],"wp:featuredmedia":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/teatrohoje.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/media\/86162"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/teatrohoje.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=71331"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/teatrohoje.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=71331"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/teatrohoje.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=71331"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}