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Arquivos Teatro Solidário - Teatro Hoje https://teatrohoje.com.br/secao/teatro-solidario/ Revista digital de Artes Cênicas Mon, 13 Jun 2022 12:06:34 +0000 pt-BR hourly 1 A pandemia e os rumos do teatro no Rio de Janeiro https://teatrohoje.com.br/2021/08/04/a-pandemia-e-os-rumos-do-teatro-no-rio-de-janeiro/ Wed, 04 Aug 2021 16:31:19 +0000 https://teatrohoje.com.br/?p=99395 Nos primeiros tempos do Cabral (não o que descobriu o Brasil, mas seu homônimo que afundou o Rio de Janeiro num lamaçal de corrupção), o teatro carioca era assistido pelo Governo do Estado através de editais frequentes para montagens e circulação das peças em circuitos estaduais que presenteavam várias cidades fluminenses com a produção da capital. Então, ele despediu a secretária de cultura e a verba dos editais foi pro espaço. A Secretaria passou a operar somente através da Lei de Incentivo à Cultura, como o Governo Federal, cujos patrocínios eram resolvidos através dos departamentos de marketing de empresas como a Petrobras, a Oi e alguns bancos, como o Bradesco, por exemplo. Eram eles que resolviam quem poderia fazer teatro. Não funcionou, pois, como todos sabem, as empresas de grande porte não se limitavam a descontar seus financiamentos nos impostos, mas escolhiam as peças de companhias que lhes dessem mais visibilidade na mídia, que tivessem em sua ficha técnica nomes globais das telenovelas, modelos e celebridades. Entre 2009 e 2017, a Prefeitura de Eduardo Paes era a única fonte oficial que dava suporte ao teatro, através do fomento e da sua rede de palcos na cidade – teatros, lonas e arenas. O fomento foi aumentando de valor e, todo ano, havia a possibilidade de grupos e profissionais da área serem contemplados com a aprovação de seus projetos até que houve o grande calote do último ano do governo de Paes. Prometeu R$ 25.000.000,00 que seriam distribuídos naquele ano. Enrolou, enrolou e não pagou, mas disse que o prefeito seguinte pagaria. Como se esperava, Crivella também não pagou, sob a alegação de que artista não precisa de dinheiro, só de aplauso. Como ele jamais tinha pisado num teatro e nem sequer sabia para que servia, não contribuiu nem com o aplauso. Mesmo assim, com muitas dificuldades devido à falta total de patrocínio, o teatro carioca sobreviveu. Como é impossível que um espetáculo pague todas as despesas de uma montagem só com a bilheteria, algumas fórmulas foram inventadas, o crowdfunding foi uma delas. Mais uma vez, a duras penas, sobrevivemos. Enquanto víamos a rede de teatros da prefeitura se deteriorar e virar sucata e os equipamentos sumirem, achando que nada poderia ser pior, veio a pandemia. Teatros fechados, isolamento social, aglomerações proibidas e uma doença terrível matando tudo o que via pela frente. Os trabalhadores da cultura – atores, músicos, autores, técnicos, produtores – estavam desempregados e completamente sem remuneração. Muitas iniciativas surgiram imediatamente. A primeira foi o Coro na Quarentena, ação coletiva para gerar alguma renda para pessoas vulneráveis. A primeira peça foi O Filho do Presidente, com Ricardo Cabral, direção de Natasha Corbelino (ela própria uma das fundadoras do Coro na Quarentena). O Teatro Petra Gold fez a campanha Ingresso Solidário para arrecadar com a venda de ingressos antecipados e ofereceu o palco para a apresentação de espetáculos transmitidos pela Internet com uma só pessoa na plateia. Alguns outros teatros seguiram a tendência do teatro virtual e as iniciativas aumentaram muito. Natasha Corbelino fez uma performance, repetida duas vezes, falando nomes de pessoas da Cultura ao vivo, enquanto os trabalhadores postavam seus boletos em aberto para que alguém pudesse pagá-los em solidariedade. A APTR fez convênio com um cartão de alimentação e distribuiu-os com R$ 500,00 para alimentar artistas e técnicos. O Mater fez campanha para distribuir cestas básicas para os profissionais da cultura, assim como o Fórum  Técnica RJ, que também bolou o Festival Bastidores A Live, com a participação de Lenine, Lilian Waleska, Zélia Duncan, Lilian Cabral, Adriana Calcanhoto, entre outros, com a arrecadação da verba totalmente revertida na compra de alimentos para a categoria dos trabalhadores da área técnica das artes. O iluminador Paulinho Medeiros ofereceu os exemplares de seu livro recém lançado A dramaturgia da luz, na campanha Um livro = uma cesta: o comprador do livro se transformava em doador de uma cesta básica para um técnico de teatro. E assim por diante. Foram muitos espetáculos apresentados ao vivo e transmitidos virtualmente para um grande público, a ponto de esta atividade artística receber vários nomes, como teatro-filme, filme-teatro, teatro online etc. A técnica foi se aprimorando e a atuação de vários webdesigners, principalmente Thiago Sacramento, foi fundamental: Thiago tornou-se o mais eficaz diretor especializado nessa modalidade, incrementando os vídeos com sacadas geniais e reestruturando o modelo do teatro moderno com outras configurações técnicas. O problema agora não se restringe ao como e o quê, mas quando o teatro poderá voltar, levando em conta que, em seis meses de vacinação, apenas 20% da população está imunizada. Como os protocolos mundiais estipulam que as salas de espetáculo só poderão reabrir desde que 70 ou 80% do público tenha recebido as duas doses, a aritmética não tem segredo: talvez em 2022. De acordo com alguns especialistas, no primeiro semestre; de acordo com outros mais realistas, apenas no segundo. Mesmo que os editais do Paes voltem, algumas especulações são inevitáveis: teremos que reviver a eterna manipulação das escolhas segundo jurados fisiológicos que privilegiam as grandes montagens milionárias, com amplo apoio de divulgação da imprensa conivente? Veremos de novo as grandes companhias colocarem um boy na fila de madrugada com sete ou oito projetos debaixo do braço, até que, lá pelas tantas, as verbas acabem e as pequenas empresas continuem a ver navios? Portanto, além do quando, também temos que ver como. Se as mesmas práticas antigas persistirem, nada vai mudar. Passada a pandemia, o teatro do Rio de Janeiro voltará com a presença da plateia. Se o isolamento de dois anos não contribuiu para uma reflexão aguda do público sobre as condições de financiamento através dos editais e do que ficou incubado em relação à demanda artística nos palcos, serão beneficiadas as mesmas companhias de teatro que nos apresentarão o mesmo besteirol de sempre.

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Nos primeiros tempos do Cabral (não o que descobriu o Brasil, mas seu homônimo que afundou o Rio de Janeiro num lamaçal de corrupção), o teatro carioca era assistido pelo Governo do Estado através de editais frequentes para montagens e circulação das peças em circuitos estaduais que presenteavam várias cidades fluminenses com a produção da capital. Então, ele despediu a secretária de cultura e a verba dos editais foi pro espaço.

A Secretaria passou a operar somente através da Lei de Incentivo à Cultura, como o Governo Federal, cujos patrocínios eram resolvidos através dos departamentos de marketing de empresas como a Petrobras, a Oi e alguns bancos, como o Bradesco, por exemplo. Eram eles que resolviam quem poderia fazer teatro. Não funcionou, pois, como todos sabem, as empresas de grande porte não se limitavam a descontar seus financiamentos nos impostos, mas escolhiam as peças de companhias que lhes dessem mais visibilidade na mídia, que tivessem em sua ficha técnica nomes globais das telenovelas, modelos e celebridades.

Entre 2009 e 2017, a Prefeitura de Eduardo Paes era a única fonte oficial que dava suporte ao teatro, através do fomento e da sua rede de palcos na cidade – teatros, lonas e arenas. O fomento foi aumentando de valor e, todo ano, havia a possibilidade de grupos e profissionais da área serem contemplados com a aprovação de seus projetos até que houve o grande calote do último ano do governo de Paes. Prometeu R$ 25.000.000,00 que seriam distribuídos naquele ano. Enrolou, enrolou e não pagou, mas disse que o prefeito seguinte pagaria. Como se esperava, Crivella também não pagou, sob a alegação de que artista não precisa de dinheiro, só de aplauso. Como ele jamais tinha pisado num teatro e nem sequer sabia para que servia, não contribuiu nem com o aplauso. Mesmo assim, com muitas dificuldades devido à falta total de patrocínio, o teatro carioca sobreviveu. Como é impossível que um espetáculo pague todas as despesas de uma montagem só com a bilheteria, algumas fórmulas foram inventadas, o crowdfunding foi uma delas. Mais uma vez, a duras penas, sobrevivemos. Enquanto víamos a rede de teatros da prefeitura se deteriorar e virar sucata e os equipamentos sumirem, achando que nada poderia ser pior, veio a pandemia.

Teatros fechados, isolamento social, aglomerações proibidas e uma doença terrível matando tudo o que via pela frente. Os trabalhadores da cultura – atores, músicos, autores, técnicos, produtores – estavam desempregados e completamente sem remuneração. Muitas iniciativas surgiram imediatamente. A primeira foi o Coro na Quarentena, ação coletiva para gerar alguma renda para pessoas vulneráveis. A primeira peça foi O Filho do Presidente, com Ricardo Cabral, direção de Natasha Corbelino (ela própria uma das fundadoras do Coro na Quarentena). O Teatro Petra Gold fez a campanha Ingresso Solidário para arrecadar com a venda de ingressos antecipados e ofereceu o palco para a apresentação de espetáculos transmitidos pela Internet com uma só pessoa na plateia. Alguns outros teatros seguiram a tendência do teatro virtual e as iniciativas aumentaram muito.

Natasha Corbelino fez uma performance, repetida duas vezes, falando nomes de pessoas da Cultura ao vivo, enquanto os trabalhadores postavam seus boletos em aberto para que alguém pudesse pagá-los em solidariedade. A APTR fez convênio com um cartão de alimentação e distribuiu-os com R$ 500,00 para alimentar artistas e técnicos. O Mater fez campanha para distribuir cestas básicas para os profissionais da cultura, assim como o Fórum  Técnica RJ, que também bolou o Festival Bastidores A Live, com a participação de Lenine, Lilian Waleska, Zélia Duncan, Lilian Cabral, Adriana Calcanhoto, entre outros, com a arrecadação da verba totalmente revertida na compra de alimentos para a categoria dos trabalhadores da área técnica das artes. O iluminador Paulinho Medeiros ofereceu os exemplares de seu livro recém lançado A dramaturgia da luz, na campanha Um livro = uma cesta: o comprador do livro se transformava em doador de uma cesta básica para um técnico de teatro. E assim por diante.

Foram muitos espetáculos apresentados ao vivo e transmitidos virtualmente para um grande público, a ponto de esta atividade artística receber vários nomes, como teatro-filme, filme-teatro, teatro online etc. A técnica foi se aprimorando e a atuação de vários webdesigners, principalmente Thiago Sacramento, foi fundamental: Thiago tornou-se o mais eficaz diretor especializado nessa modalidade, incrementando os vídeos com sacadas geniais e reestruturando o modelo do teatro moderno com outras configurações técnicas.

O problema agora não se restringe ao como e o quê, mas quando o teatro poderá voltar, levando em conta que, em seis meses de vacinação, apenas 20% da população está imunizada. Como os protocolos mundiais estipulam que as salas de espetáculo só poderão reabrir desde que 70 ou 80% do público tenha recebido as duas doses, a aritmética não tem segredo: talvez em 2022. De acordo com alguns especialistas, no primeiro semestre; de acordo com outros mais realistas, apenas no segundo.

Mesmo que os editais do Paes voltem, algumas especulações são inevitáveis: teremos que reviver a eterna manipulação das escolhas segundo jurados fisiológicos que privilegiam as grandes montagens milionárias, com amplo apoio de divulgação da imprensa conivente? Veremos de novo as grandes companhias colocarem um boy na fila de madrugada com sete ou oito projetos debaixo do braço, até que, lá pelas tantas, as verbas acabem e as pequenas empresas continuem a ver navios?

Portanto, além do quando, também temos que ver como. Se as mesmas práticas antigas persistirem, nada vai mudar. Passada a pandemia, o teatro do Rio de Janeiro voltará com a presença da plateia. Se o isolamento de dois anos não contribuiu para uma reflexão aguda do público sobre as condições de financiamento através dos editais e do que ficou incubado em relação à demanda artística nos palcos, serão beneficiadas as mesmas companhias de teatro que nos apresentarão o mesmo besteirol de sempre.

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