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Maravilhoso Escândalo – Adaptação do romance “Água Viva” de Clarice Lispector feita pelo diretor Gabriel Bulcão e a professora de literatura Lúcia Soares. Em Maravilhoso Escândalo, uma solitária escritora e pintora se lança em infinitas reflexões sobre o tempo, a vida, os sonhos e visões, as flores, os estados da alma, a coragem e o medo e, principalmente, a arte da criação, do saber usar as palavras num jogo de sons e silêncios que se combinam. Tudo é revelado através do olhar dessa pintora-narradora que, assombrada por sua figura mais íntima, representada por uma jovem menina, cai em estado de graça em plena madrugada.
Devido à imposição de uso do formato online pela pandemia do coronavírus, que traz mais um elemento artístico: o audiovisual, Gabriel Bulcão fez uma readequação na sua proposta artística, utilizando-se de meios cinematográficos para fugir da simples realização de um teatro filmado. O objetivo artístico é transformar o aparato audiovisual em um personagem, dialogando com o principal argumento do livro “Água Viva”: o fazer artístico. A proposta é realizar um filme/teatro, um filme que revela tudo que estaria por de trás das cortinas, as atrizes contracenam com uma câmera que passeia como um voyeur por dentro do cenário; há captação de imagens por diversos ângulos, que podem inclusive revelar a equipe técnica, as estruturas de iluminação, as estruturas do teatro etc. A proposta é imbuir-se do desafio de estar entre o teatro e o cinema, unindo as artes e criando meios para que o espectador sinta-se instigado, curioso, atento etc. Toda a equipe de criação do espetáculo teatral entrará em comunhão com uma equipe de cinema e, a partir deste encontro, criando um filme/teatro, que busca ao máximo a fidelidade com a premissa do romance “Água Viva” e acredita que esta premissa possibilita infinitas criações.
“Água Viva”, escrito por Clarice Lispector em 1973, é uma espécie de monólogo da narradora com seu próprio eu. A personagem, uma escritora e pintora, relaciona-se diretamente com Clarice, na medida em que a própria pintou diversas telas nos anos 1970. O romance inspirou o diretor a criar uma encenação em que duas atrizes dão vida a uma única mulher que, no palco, divide-se e entrelaça-se na busca de entendimento do que é ser artista e de qual é a essência da arte. E, especialmente, de como tornar-se dona de sua própria existência criativa.
Idealização: Gabriel Bulcão e Dayanna Maia. Texto: Clarice Lispector. Adaptação Textual: Gabriel Bulcão e Lúcia Soares. Direção: Gabriel Bulcão. Elenco: Giovanna de Toni e Dayanna Maia. Cenário e Figurino: Marcelo Marques. Iluminação: Leysa Vidal. Trilha Sonora: Gabriel Bulcão. Direção de Movimento: Luciana Bicalho. Consultoria Teórica: Lúcia Soares. Coordenação de Produção: Dayanna Maia e Gabriel Bulcão
24 de abril a 5 de maio – diariamente, às 21 horas, com exceção do dia 28 de abril (quarta-feira), às 19 horas
Duração: 70 minutos. Classificação Indicativa: 12 anos
Ingressos gratuitos no sympla, link: https://www.sympla.com.br/eventos?s=maravilhoso+esc%C3%A2ndalo&tab=eventos