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Solano, vento forte africano

Solano, vento forte africano – A trajetória humana e artística de Solano Trindade, permeada por música, dança e poesia, comemorando 111 anos de seu nascimento. A peça lança luz não apenas sobre a obra, mas também sobre o aspecto humano e político do poeta pernambucano que desenvolveu sua múltipla potencialidade artística com o olhar sempre voltado à realidade do negro brasileiro.

De maneira cadenciada e auxiliado pela pluralidade musical brasileira, a peça é permeada por música, canto, dança e sapateado. A narrativa evidencia episódios marcantes, como seu convívio com a atriz Ruth de Souza, amiga que o abrigava após as manifestações políticas pelos direitos dos trabalhadores; e o momento em que Mulher Barriguda, cuja letra é de Solano e compreendida como canção de protesto à ditadura militar, foi gravada pelo grupo Secos e Molhados, em 1973.

Texto: Solano Trindade, Elisa Lucina e Geovana Pires. Direção: Geovana pires. Direção musical: Beá. Direção de movimento: Valéria Monã. Elenco: Val Perré, Elisa Lucinda, Valéria Monã, Nando Rodrigues, Damiana Inês, Regina Café e Rozan. Consultoria musical: Liberto Solano Trindade. Figurino: Joana Seibel. Cenário: Iléa Ferraz. Luz: Djalma Amaral. Adereços: Iléa Ferraz, Joana Seibel e Vitor Martinez. Preparação Vocal: Canto Preto – Ayiê Ti Eso & Vinicius Pereira. Direção de produção: Damiana Inês. Coordenação Geral: Geovana Pires. Idealização: Casa Poema. Produção: Bloco Pi Produções

A cidade para onde se mudou ao retornar do período em que esteve na Europa, Embu das Artes (SP), foi o local escolhido para o espetáculo realizar sua primeira apresentação, em 13 de maio de 2019. A família acompanhou todo o processo e seu filho, Liberto Trindade, foi o consultor das músicas populares que Solano usava em suas peças. No Rio de Janeiro, o espetáculo estreou no Teatro Dulcina e fez temporada na Casa da Cia. de Mysterios e Novidades, na Gamboa.

Dois anos após estrear no teatro, a montagem volta em formato online, com cinco apresentações virtuais encenadas no Teatro Dulcina, a palestra “Palavra é Poder”, com Elisa Lucinda; uma oficina de dança popular e afro com Valéria Monã, e uma oficina de construção de instrumento de percussão com resíduo, com Regina Café. A palestra de Elisa Lucinda é um mergulho na força da palavra como arte, como fundadora da paz e, ao mesmo tempo, a expressão mais cotidiana entre os humanos. Valéria Monã apresenta sua expertise em dança afro e popular aos alunos com sua oficina. A multiartista Regina Café, em sua oficina de construção de instrumentos musicais com resíduos, propõe que ocorra desde uma oficina pontual a um curso de capacitação profissional por ter o seu foco na confecção de instrumentos musicais a partir de materiais reaproveitáveis, aliado a temática de resíduos sólidos.

PROGRAMAÇÃO

22 de Abril – Quinta-feira – às 19 horas – Palestra Palavra é Poder,  com Elisa Lucinda

26 de Abril – Segunda-feira, às 19 horas – Oficina de Dança Afro e Popular, com Valéria Monã

29 de Abril – Quinta-feira, das 10 às 12 horas – Oficina de Construção de Instrumento de Percussão com Resíduos, com Regina Café

1º, 02, 08, 09 e 13 de maio – Sábados e domingos e feriado – às 20 horas – Espetáculo “SOLANO, VENTO FORTE AFRICANO”
Após as apresentações haverá um bate-papo com os Quilombos da Machadinha (Quissamã), Baía Formosa (Búzios), Cafundá Astrogilda (Vargem Grande), Maria Conga (Magé) e Camorim (Jacarepaguá).

No YouTube, no canal da Casa Poema, link: link: https://www.youtube.com/results?search_query=casa+poema
Entrada Gratuita. Duração: 90 minutos. Classificação Indicativa: 12 anos