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Os grandes vulcões

Os grandes vulcões – O Coletivo Comum traz o espetáculo inédito, monólogo inspirado no discurso de Harold Pinter (1930 – 2008). A exibição, um registro híbrido entre o teatro e o cinema, acontece pelo YouTube do grupo.

O espetáculo reforça a linguagem do teatro documental exercitada pelo Coletivo Comum e parte da ideia provocativa de Pinter, que em seu contundente discurso intitulado “Arte, verdade e política”, propõe uma análise crítica sobre a política externa dos Estados Unidos da América e da Inglaterra, além de discutir a capacidade do teatro em expressar a verdade. Debilitado há anos por um câncer, Pinter gravou em vídeo a sua fala, que foi apresentada e gerou grande repercussão internacional, suscitando muitos elogios, mas também críticas de setores sociais conservadores.

O momento em que vivemos, de pós-verdade, ascensão de fake news, pensamento único, polarização ideológica e mentiras sendo reivindicadas como verdades também sustenta o andamento da peça.

No palco há um globo terrestre ilustrado com um mapa de 1570, o primeiro a fazer parte de um Atlas no mundo ocidental. Além da imagem ser muito adequada ao tema da geopolítica, um dos objetos do trabalho, esta representação do nascente mundo capitalista também traz a imagem de uma interpretação da realidade e o exercício do controle sobre ela. E estes termos (representação e interpretação) estão diretamente ligados à experiência teatral, outro tema do trabalho. Este mapa é um dos primeiros em que aparece o nome do Brasil. O mapa foi transformado em um globo com 2,5 metros de diâmetro.

Texto e direção: Fernando Kinas. Elenco: Fernanda Azevedo.

Transmissão on-line.

23 a 28 de abril – Sexta a quarta-feira, às 20 horas.

Classificação: 14 anos.

No Facebook, link: Kiwi Companhia de Teatro – Coletivo Comum.

Link no YouTube: Kiwi Companhia de Teatro – Coletivo Comum.