Seu carrinho está vazio no momento!
Os fins do sono – As críticas à sociedade capitalista propostas pelo polêmico livro “24/7: Capitalismo tardio e os fins do sono” (2013), do ensaísta norte-americano Jonathan Crary, são o ponto de partida do novo trabalho do Coletivo Cardume.
A obra de Crary sugere que o contexto social e econômico no qual vivemos nos impulsiona em direção a uma rotina de produção ininterrupta, na qual o expediente de trabalho dura 24 horas por dia e 7 dias por semana. Dentro dessa perspectiva, o período de sono se apresenta como o último espaço “não-comercializável” de nosso cotidiano.
A dramaturgia da peça parte dessa crítica para imaginar uma realidade distópica, na qual uma cadeia de satélites em fase experimental passa a refletir a luz solar ininterruptamente sobre uma cidade grande, instaurando o fim da noite. Essa tentativa de aumentar a produtividade fez com que as pessoas passassem a trabalhar 24h por dia confinadas em suas casas por meio de uma videochamada eterna.
Para que os espectadores possam conhecer o trabalho dessa agência de sinistros, o Coletivo Cardume criou um site que funciona como uma extensão do espetáculo, quase como uma narrativa transmídia. Em cena, além dos atores, está o artista plástico e ilustrador Roberto Zink, que ilustra ao vivo os temas e cenas retratados pela peça e interfere diretamente na encenação.
Texto: Luis Felipe Labaki. Direção artística: Francisco Turbiani. Elenco: Juliana Valente, Marô Zamaro e Pedro Massuela. Desenhos ao vivo: Roberto Zink.
19 de março a 9 de abril – sextas-feiras, sábados e domingos, às 20 horas
Ingressos grátis, aceitando contribuição livre, no sympla, link: www.sympla.com.br/osfinsdosono
Classificação indicativa: 12 anos